sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Membro biônico é criado para simular movimento natural em pessoas amputadas

A nova prótese motorizada de membros inferiores permite que os amputados andem sem arrastar as pernas 

Michael Goldfarb, líder da pesquisa A nova prótese de membros inferiores desenvolvida na Vanderbilt University, nos Estados Unidos, permite que pessoas amputadas andem sem arrastar as pernas, movimento característico de membros artificiais.
O dispositivo usa os mais recentes avanços tecnológicos em computadores, sensores, motores elétricos e bateria. É a primeira prótese com articulações motorizadas do joelho e do tornozelo que operam em sincronia. Ela vem equipada com sensores que monitoram os movimentos do usuário e microprocessadores que usam estes dados para prever o que a pessoa está tentando fazer e facilitar essa movimentação.
"Quando se está andando, é totalmente diferente da minha prótese atual. Uma perna passiva está sempre um passo atrás de mim. A perna Vanderbilt está atrás apenas de uma fração de segundo", disse o jovem amputado de 23 anos Craig Hutto, que vem testando o equipamento, resultado de um esforço de pesquisa de sete anos no Vanderbilt Center for Intelligent Mechatronics, dirigido pelo professor de engenharia mecânica Michael Goldfarb.
"Com o nosso modelo mais recente, validamos nossa hipótese de que a tecnologia certa estava disponível para fazer uma prótese de membros inferiores com articulações do joelho e do tornozelo. Nosso dispositivo ilustra o progresso que estamos fazendo na integração homem e máquina", disse Goldfarb.
A prótese Vanderbilt é projetada para a vida diária, permitindo ao amputado andar, sentar, levantar, ficar em pé, subir e descer escadas e rampas. Estudos demonstraram que os usuários equipados com o dispositivo caminham naturalmente 25% mais rápido em superfícies de nível do que quando usam próteses de membros inferiores passivas. Isso porque ela exige de 30% a 40% menos energia do próprio amputado para funcionar.
"Subir e descer ladeiras é uma das coisas mais difíceis de fazer com uma perna convencional. Mas este não será um problema com a perna motorizada porque ela sobe e desce ladeiras quase como uma perna natural", disse Hutto.
Os recentes avanços tecnológicos permitiram que os engenheiros de Vanderbilt produzissem um dispositivo que pesa cerca de quatro quilos - menos que a maioria das pernas humanas - e que pode operar por três dias de atividade normal, ou por 13 a 14 km de caminhada contínua, sem precisar recarregar. Eles também reduziram drasticamente a quantidade de ruído que o último modelo faz, embora seja um pouco mais alto do que gostariam.
Um dos mais recentes recursos que os engenheiros adicionaram é uma o anti-tropeçar. Se a perna sente que seu usuário está começando a tropeçar, ela vai se levantar para limpar qualquer obstrução e voltar a apoiar o pé no chão.
A fim de incorporar todas as melhorias, o design do hardware da prótese passou por sete versões eletrônicas e a sua placa eletrônica foi refeita 15 vezes.
O Center for Intelligent Mechatronics também está desenvolvendo um projeto de prótese antropomórfica para o braço e um exoesqueleto avançado para ajudar na fisioterapia.




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