Os senadores Maria do Carmo Alves (SE), Rodolpho Tourinho (BA), Lúcia Vânia (GO), Luiz Pontes (CE), Paulo Paim (RS), Augusto Botelho (RR), Heráclito Fortes (PI), Demóstenes Torres (GO), Eduardo Azeredo (MG), Papaléo Paes (AP), Roberto Cavalcanti (PB), Eduardo Suplicy (SP) e os deputados Sabino Castelo Branco (AM), Daniel Almeida (BA), Laerte Bessa (DF), Jovair Arantes (GO), Carlos Alberto Leréia (GO), Ronaldo Caiado (GO), Pedro Henry (MT), Thelma de Oliveira (MT), Paulo Rocha (PA), Wilson Braga (PB), Armando Abílio (PB), Hermes Parcianello (PR), Edgar Moury (PE), Fernando Nascimento (PE), Mauro Nazif (RO), Luciano Castro (RR), Maria Helena (RR), Andreia Zito (RJ), Carlos Santana (RJ), Luiz Carlos Busato (RS), Milton Monti (SP), Paulo Pereira da Silva (SP), Roberto Santiago (SP), Vicentinho (SP), Eleuse Paiva (SP) votaram a favor do projeto de lei do Ato Médico (PL nº 7.703/2006), que acaba com o direito da população de ter livre acesso aos serviços dos profissionais da saúde. Esse projeto de lei transforma os profissionais da saúde em técnicos dos médicos. Ele estabelece que somente após o diagnóstico nosológico (da doença) e da prescrição terapêutica feita pelo médico a população poderá ser atendida pelos profissionais da saúde.
Se aprovado, os médicos terão o direito de prescrever os tratamentos em áreas que eles não possuem treinamento e competência como: psicologia, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, educação física, farmácia, biomedicina, medicina veterinária, odontologia, serviço social, ciências biológicas. O projeto tambem determina que cabe ao medico determinar quando deve ser interrompido o atendimento dos profissionais da saúde.
Anualmente, o SUS realiza mais de um bilhão de consultas médicas, as quais geram meio bilhão de exames. Não resta dúvida que os médicos não possuem as habilidades e competências para, sozinhos, diagnosticar todos os aspectos das doenças e suas disfunções.
Cada exame custa para o Governo Federal três vezes mais que uma consulta. Cada consulta custa em média R$ 2 reais e gera um gasto de R$ 32 reais com medicamentos. Apesar dessa cobertura e de sermos uma população jovem, temos 50 milhões de portadores de doenças crônicas e ainda vivemos uma década a menos do que poderíamos. É a indústria da doença funcionando a todo o vapor. Não é por outra razão que o projeto do Ato Médico está sendo apoiado pelas seguradoras de saúde, pela indústria do diagnóstico e do medicamento.
No Brasil, os médicos compõem apenas 344 mil dos 3 milhões de profissionais da saúde. A solução para os graves problemas de saúde do país depende do respeito aos profissionais da saúde e da garantia para a população do livre acesso aos seus serviços. No lugar de alimentar a indústria da doença, o Ministério da Saúde deveria valorizar os serviços dos profissionais da saúde e disponibilizá-los aos cidadãos, como determina a Constituição Federal.
Apenas parlamentares insensíveis aos interesses da população poderiam defender um projeto que faz tão mal à saúde dela.
Participe desta corrente e peça aos seus amigos e pacientes para não reelegerem esses senadores e deputados nas próximas eleições.
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