domingo, 25 de maio de 2014
O Coral Inesperado - vídeo
Um coral formado por 12 pacientes laringectomizados, vítimas do cigarro, surpreendeu a plateia do auditório do MASP que aguardava uma apresentação do Coral da USP, um dos mais famosos da cidade de São Paulo.
Criada para o A.C. Camargo Cancer Center, a ação incluiu as canções “All You Need is Love” e “She Loves You”, dos Beatles, interpretadas pelos pacientes. O objetivo foi alertar as pessoas para o principal fator de risco do câncer de laringe, o tabagismo. Acompanhados por fonoaudiólogos da instituição paulista, os pacientes que compõem o Coral Sua Voz (a maioria acima dos 60 anos) fazem uso de voz esofágica, prótese, laringe eletrônica (vibrador), fala bucal ou articulação de sons.
Escute a voz desse coral. Não fume.
Fotógrafa revela a aparência do corpo humano depois dos 100 anos
A fotógrafa Anastasia Pottinger quis provar que, mesmo depois de um século de vida, a beleza está em todos nós.
O ensaio, intitulado “Centenarians” (“Centenários”, em português), começou de forma surpreendente – uma mulher de 101 anos de idade pediu a Pottinger para ser fotografada nua. Colocou uma única condição – que não fosse possível ser identificada através da fotografia.
Dessa imagem, a fotógrafa partiu para uma série intensa, captada em preto e branco, e que parece preservar as marcas de uma vida longa. A passagem do tempo, a experiência, mas também a sabedoria, a postura paciente que os mais velhos adquirem e, claro, a ideia de mortalidade, estão também presentes.
A fotógrafa garante que as reações às fotografias têm sido muito positivas, com “os espectadores visivelmente comovidos com o que vêem“.”Eles se perguntam ‘é assim que eu vou ficar?’ ou se lembram de um ente querido – mas a resposta parece ser universalmente emocional”, conclui.
http://anastasiapottingerphotography.com/
Hospital de São Paulo inaugura primeiro Pronto Socorro para Terceira Idade - matéria da Folha
Inaugurado no último dia 19, o primeiro Pronto Socorro totalmente adaptado para a terceira idade, no Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/05/1456116-hospital-de-sao-paulo-inaugura-primeiro-pronto-socorro-para-a-terceira-idade.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/05/1456116-hospital-de-sao-paulo-inaugura-primeiro-pronto-socorro-para-a-terceira-idade.shtml
sexta-feira, 9 de maio de 2014
São Caetano: Idosos a partir de 80 anos terão cuidadores
Idosos de baixa renda a partir dos 80 anos e moradores de São Caetano terão, a partir de 2015, cuidadores públicos. O compromisso é do secretário de Saúde da cidade, Mário Chekin, que pretende lançar no próximo ano o programa Convivendo Melhor na Quarta Idade, com políticas públicas voltadas para este público específico.
No município, 3,5% da população, ou 5.283 pessoas, atingiram ou ultrapassaram os 80 anos, segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em uma década, a população nesta faixa etária cresceu 80,5% no município. Em 2000, as 2.927 pessoas com 80 anos ou mais representavam 2% da população são-caetanense. Para se ter uma ideia, em Santo André, no mesmo período, também houve crescimento acima de 80% do número de moradores nesta idade, mas eles, hoje, representam somente 1,9% dos habitantes da cidade.
Chekin explica que em todo o País faltam políticas públicas para a chamada quarta idade. “Foi uma solicitação do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) para que começássemos a pensar neste público, principalmente naqueles que tem mobilidade reduzida.”
Para formar os cuidadores, que irão atuar na casa dos idosos, a Prefeitura garantiu parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul). A instituição deve criar até o fim deste semestre, segundo o secretário, curso técnico voltado para a formação desses profissionais. A expectativa é que os primeiros certificados sejam entregues no começo de 2015. “A partir daí, eles estarão aptos para contratação pela administração municipal e posterior atuação na casa dos que necessitarem”, destaca Chekin.
Além dos cuidadores, o secretário pretende ainda, em parceria com a iniciativa privada, realizar adaptações nos imóveis onde os idosos vivem. “A pessoa que usa cadeira de rodas, por exemplo, tem dificuldade porque os batentes das portas são muito estreitos. Além disso, é preciso instalar barras no banheiro para facilitar o uso e piso que evite quedas”, exemplifica o secretário.
Remédio em casa
A cidade também planeja entregar medicamentos em casa, inclusive aqueles retirados na Farmáciade Alto Custo no Hospital Estadual Mário Covas. “Vamos discutir com o Estado de que forma isso pode ser feito.”
Para os idosos que estão bem de saúde, os Cises (Centros Integrados de Saúde e Educação) da terceira idade também devem receber intervenções e melhorias, beneficiando moradores a partir dos 60 anos. Mas o foco do programa Convivendo Melhor será mesmo a quarta idade. “Trata-se de iniciativa inédita no País, que não tem políticas para essa população, mas precisa pensar nisto com urgência, já que a expectativa de vida vem aumentando rapidamente”, opina o secretário.
População aprova projeto e cobra realização nos prazos prometidos
A população de São Caetano que se aproxima ou já ultrapassou os 80 anos aprova o projeto para implantação de ações voltadas à quarta idade. Mas, ao mesmo tempo, cobra que as políticas públicas realmente saiam do papel.
A pensionista Carmem Gomes, 75 anos, é bastante ativa, mas acredita que é necessário oferecer opções para pessoas que têm mobilidade reduzida por acidentes ou por desgaste natural da idade e precisam de ajuda. “O que tenho visto é que muitos idosos estão perdendo seus filhos e ficando sozinhos no mundo. É essencial que o poder público cuide dessas pessoas, pois não tem quem olhe por eles.”
A aposentada Maria de Lourdes Stoev, 83, mudou-se recentemente para a Capital, mas já pensa em voltar para São Caetano ao saber do projeto. “Há alguns dias tomei um tombo quando estava voltando do banco e não estou com o joelho muito bom. Se tivesse esse projeto e ele pudesse me ajudar, seria ótimo, pois não tenho ninguém por perto. Minha filha mora na Alemanha e não pode me socorrer caso eu precise, infelizmente.”
Fonte: www.coisadevelho.com.br
No município, 3,5% da população, ou 5.283 pessoas, atingiram ou ultrapassaram os 80 anos, segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em uma década, a população nesta faixa etária cresceu 80,5% no município. Em 2000, as 2.927 pessoas com 80 anos ou mais representavam 2% da população são-caetanense. Para se ter uma ideia, em Santo André, no mesmo período, também houve crescimento acima de 80% do número de moradores nesta idade, mas eles, hoje, representam somente 1,9% dos habitantes da cidade.
Chekin explica que em todo o País faltam políticas públicas para a chamada quarta idade. “Foi uma solicitação do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) para que começássemos a pensar neste público, principalmente naqueles que tem mobilidade reduzida.”
Para formar os cuidadores, que irão atuar na casa dos idosos, a Prefeitura garantiu parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul). A instituição deve criar até o fim deste semestre, segundo o secretário, curso técnico voltado para a formação desses profissionais. A expectativa é que os primeiros certificados sejam entregues no começo de 2015. “A partir daí, eles estarão aptos para contratação pela administração municipal e posterior atuação na casa dos que necessitarem”, destaca Chekin.
Além dos cuidadores, o secretário pretende ainda, em parceria com a iniciativa privada, realizar adaptações nos imóveis onde os idosos vivem. “A pessoa que usa cadeira de rodas, por exemplo, tem dificuldade porque os batentes das portas são muito estreitos. Além disso, é preciso instalar barras no banheiro para facilitar o uso e piso que evite quedas”, exemplifica o secretário.
Remédio em casa
A cidade também planeja entregar medicamentos em casa, inclusive aqueles retirados na Farmáciade Alto Custo no Hospital Estadual Mário Covas. “Vamos discutir com o Estado de que forma isso pode ser feito.”
Para os idosos que estão bem de saúde, os Cises (Centros Integrados de Saúde e Educação) da terceira idade também devem receber intervenções e melhorias, beneficiando moradores a partir dos 60 anos. Mas o foco do programa Convivendo Melhor será mesmo a quarta idade. “Trata-se de iniciativa inédita no País, que não tem políticas para essa população, mas precisa pensar nisto com urgência, já que a expectativa de vida vem aumentando rapidamente”, opina o secretário.
População aprova projeto e cobra realização nos prazos prometidos
A população de São Caetano que se aproxima ou já ultrapassou os 80 anos aprova o projeto para implantação de ações voltadas à quarta idade. Mas, ao mesmo tempo, cobra que as políticas públicas realmente saiam do papel.
A pensionista Carmem Gomes, 75 anos, é bastante ativa, mas acredita que é necessário oferecer opções para pessoas que têm mobilidade reduzida por acidentes ou por desgaste natural da idade e precisam de ajuda. “O que tenho visto é que muitos idosos estão perdendo seus filhos e ficando sozinhos no mundo. É essencial que o poder público cuide dessas pessoas, pois não tem quem olhe por eles.”
A aposentada Maria de Lourdes Stoev, 83, mudou-se recentemente para a Capital, mas já pensa em voltar para São Caetano ao saber do projeto. “Há alguns dias tomei um tombo quando estava voltando do banco e não estou com o joelho muito bom. Se tivesse esse projeto e ele pudesse me ajudar, seria ótimo, pois não tenho ninguém por perto. Minha filha mora na Alemanha e não pode me socorrer caso eu precise, infelizmente.”
Fonte: www.coisadevelho.com.br
domingo, 4 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Obesidade no Brasil parou de crescer, segundo Vigitel
Depois de oito anos em ascensão, a obesidade no Brasil, pela primeira vez, parou de crescer. Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), apresentada ontem, dia 30 de abril, pelo Ministério da Saúde.
Apesar da estabilização do índice, o estudo aponta que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal – destes, 17,5% são obesos. Na primeira edição da Vigitel, a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e a de obesos era de 11,8%.
Os dados mostram que a proporção de obesos entre homens e mulheres é a mesma: 17,5%. Já em relação ao excesso de peso, os homens acumulam percentuais mais expressivos: 54,7% contra 47,4%.
O estudo também indica que a escolaridade se mostra um forte fator de proteção entre o público feminino. O percentual de excesso de peso entre as mulheres com até oito anos de estudo é de 58,3%. Entre mulheres com, no mínimo, 12 anos de escolaridade, o percentual cai para 36,6%. A prevalência da obesidade cai pela metade entre os dois grupos, atingindo 24,4% e 11,8%, respectivamente.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, os resultados positivos em relação ao excesso de peso e à obesidade estão diretamente relacionados aos avanços na alimentação saudável e à prática de atividades físicas.
A Vigitel aponta um aumento de 11% em cinco anos no percentual de atividade física no período de lazer, passando de 30,3% em 2009 para 33,8% em 2013. Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios no tempo livre, enquanto, em 2009, o índice era de 39,7%. Entretanto, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4% no mesmo período.
O consumo recomendado de frutas e hortaliças também aumentou de 18% nos últimos oito anos. Em 2013, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Em 2008, os índices eram de 15,8% e 23,7%, respectivamente.
Apesar dos avanços, os dados mostram a existência de diversos hábitos alimentares inapropriados, como o índice de brasileiros que substituem o almoço ou o jantar por um lanche de baixo valor nutritivo, como uma pizza ou um sanduíche. O índice registrado foi de 16,5%, sendo 12,6% dos homens e 19,7% das mulheres.
Outro indicador que, segundo a pasta, preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada. Ao todo, 31% dos entrevistados não dispensam a carne gordurosa e mais da metade (53,3%) consome leite integral regularmente. O consumo de refrigerantes também registrou altos índices: 23,3% da população ingere a bebida pelo menos cinco dias da semana.
“O excesso de peso e a obesidade estão relacionados a várias condições de doenças crônicas. Reduzir isto é um desafio hoje para o mundo moderno”, avaliou Jarbas.
A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.
Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/04/obesidade-no-brasil-parou-de-crescer-diz-ministerio
Campanha de Vacinação contra Gripe - De 22 de abril a 09 de maio
A campanha de vacinação contra gripe começou no dia 22 de abril e vai até o dia 09 de maio.
Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde disponibilizam a vacina para os grupos com maior vulnerabilidade para complicações e óbitos. São eles: crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, também devem se vacinar, porém devem levar prescrição médica para tal.
Abaixo, o vídeo da campanha:
Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde disponibilizam a vacina para os grupos com maior vulnerabilidade para complicações e óbitos. São eles: crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, também devem se vacinar, porém devem levar prescrição médica para tal.
Abaixo, o vídeo da campanha:
Cursos de saúde focam no envelhecimento da população
O envelhecimento da população brasileira tem pautado as discussões nos cursos de graduação ligados à área de saúde. Na Medicina, por exemplo, o tratamento aos idosos já não é mais exclusividade dos geriatras. Os cursos também passam a incorporar novas tecnologias - com o desafio de transformá-las em aliadas de um tratamento mais humanizado.
Para o diretor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Antônio Carlos Lopes, a boa formação é holística. "Isso contempla o bom atendimento para o idoso em todas as áreas", diz. Lopes critica a inserção de aparatos tecnológicos na profissão. "Algumas técnicas esfriaram a relação. Na mão de um médico mal preparado é um perigo", diz.
Na Psicologia, os profissionais passam a dar mais atenção para os idosos que vão para casas de repouso. "É preciso lidar não só com transformações da vida, mas com a internação do idoso", diz a coordenadora do mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Inara Leão. Ela destaca ainda a preocupação com grupos e não só com os indivíduos. "O psicólogo vai trabalhar, provavelmente, com escola e não mais com um aluno, assim como há cada vez menos espaço para abrir um consultório e uma tendência de trabalhar com políticas públicas e em empresas", afirma.
http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2014/04/22/cursos-de-saude-focam-no-envelhecimento-da-populacao.htm#fotoNav=26
Epidemia triplica o número de mortes por obesidade em dez anos no país
Segundo levantamento inédito feito pelo 'Estadão Dados' com base em informações do Datasus, em 2001, 808 óbitos tiveram a doença como uma das causas. Em 2011, último dado disponível, o número passou para 2.390, um crescimento de 196%
O número de brasileiros mortos por complicações diretamente relacionadas à obesidade triplicou em um período de dez anos, revela levantamento inédito feito pelo Estadão Dados com base em informações do Datasus. Em 2001, 808 óbitos tiveram a doença como uma das causas. Em 2011, último dado disponível, o número passou para 2.390, crescimento de 196%.
O aumento também foi significativo quando considerada a taxa de mortos por 1 milhão de habitantes. No mesmo período de dez anos, a taxa dobrou. Foi de 5,4 para 11,9, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os dados levam em consideração as mortes nas quais a obesidade aparece como uma das causas no atestado de óbito. Segundo especialistas, como o excesso de peso é fator de risco para diversos tipos de doenças, como câncer e diabete, o número de vítimas indiretas da obesidade é ainda maior.
"As causas mais comuns de morte relacionadas à obesidade são as doenças cardiovasculares, como o enfarte e o acidente vascular cerebral (AVC). Sabemos, porém, que ela também está relacionada a muitos outros problemas, como apneia do sono, insuficiência renal e vários tipos de câncer", afirma o endocrinologista Mario Carra, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
Segundo o Ministério da Saúde, o aumento das mortes é um reflexo da "epidemia de obesidade" registrada hoje no País. "Outros países viveram isso primeiro, com alto consumo de alimentos industrializados e sedentarismo. O Brasil, ainda que mais tarde, está vivendo agora. Pesquisas feitas anualmente pelo ministério mostram que a obesidade e o sobrepeso têm aumentado muito", afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães.
O último levantamento da pasta mostrou que mais da metade dos adultos brasileiros tem sobrepeso e pelo menos 17% da população está obesa.
Há dois meses, o aposentado Angelino Pires de Moraes, de 86 anos, tornou-se mais uma vítima do excesso de peso. Com 100 quilos e pouco menos de 1,80 de altura, ele sofreu um enfarte dentro de casa e morreu na hora. "Ele tinha colesterol alto e hipertensão. O médico já tinha avisado que o coração estava obstruído por gordura, mas ele não mudava a alimentação", conta o barbeiro Sérgio Buscarino de Moraes, de 50 anos, filho do aposentado. "Meu pai era teimoso e piorou depois que a minha mãe morreu, há cinco meses. Ficou deprimido e passou a cuidar menos da saúde", diz.
Medidas. Para especialistas, não é só a mudança de hábitos dos brasileiros que aumentou a mortalidade por obesidade. De acordo com Marcio Mancini, chefe do grupo de obesidade e síndrome metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo, as políticas públicas de prevenção e tratamento devem ser aprimoradas. "Não se faz prevenção em unidades básicas de saúde. Há o tratamento para diabetes, colesterol, hipertensão, mas pouco se faz para barrar o ganho de peso. Essa mesma preocupação deveria existir nas escolas", afirma ele.
De acordo com o especialista, quanto mais cedo se instala a obesidade, mais cedo a pessoa pode morrer. "Se uma pessoa já tem obesidade mórbida com 20 anos e permanece assim, a doença vai encurtar a vida desse paciente em 12 anos", diz ele.
Para Maria Tereza Zanella, endocrinologista da Unifesp, é preciso mudar os hábitos desde a infância. "As crianças vivem em apartamento, jogam videogame e comem produtos industrializados. São alimentos que têm um sabor agradável e as crianças vão se acostumando, mas isso deve ser evitado", diz ela.
Além da prevenção falha, os médicos apontam estrutura insuficiente para o tratamento da obesidade. "O SUS não oferece o tratamento medicamentoso, e os centros de referência para cirurgia bariátrica não dão conta da demanda", diz Mancini.
Em março, pelo menos 3 mil obesos de várias regiões do Brasil lotaram o ginásio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para passar por triagem em busca de cirurgia bariátrica. A fila de espera tem 2 mil pessoas.
Fonte: estadao.com.br
O número de brasileiros mortos por complicações diretamente relacionadas à obesidade triplicou em um período de dez anos, revela levantamento inédito feito pelo Estadão Dados com base em informações do Datasus. Em 2001, 808 óbitos tiveram a doença como uma das causas. Em 2011, último dado disponível, o número passou para 2.390, crescimento de 196%.
O aumento também foi significativo quando considerada a taxa de mortos por 1 milhão de habitantes. No mesmo período de dez anos, a taxa dobrou. Foi de 5,4 para 11,9, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os dados levam em consideração as mortes nas quais a obesidade aparece como uma das causas no atestado de óbito. Segundo especialistas, como o excesso de peso é fator de risco para diversos tipos de doenças, como câncer e diabete, o número de vítimas indiretas da obesidade é ainda maior.
"As causas mais comuns de morte relacionadas à obesidade são as doenças cardiovasculares, como o enfarte e o acidente vascular cerebral (AVC). Sabemos, porém, que ela também está relacionada a muitos outros problemas, como apneia do sono, insuficiência renal e vários tipos de câncer", afirma o endocrinologista Mario Carra, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
Segundo o Ministério da Saúde, o aumento das mortes é um reflexo da "epidemia de obesidade" registrada hoje no País. "Outros países viveram isso primeiro, com alto consumo de alimentos industrializados e sedentarismo. O Brasil, ainda que mais tarde, está vivendo agora. Pesquisas feitas anualmente pelo ministério mostram que a obesidade e o sobrepeso têm aumentado muito", afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães.
O último levantamento da pasta mostrou que mais da metade dos adultos brasileiros tem sobrepeso e pelo menos 17% da população está obesa.
Há dois meses, o aposentado Angelino Pires de Moraes, de 86 anos, tornou-se mais uma vítima do excesso de peso. Com 100 quilos e pouco menos de 1,80 de altura, ele sofreu um enfarte dentro de casa e morreu na hora. "Ele tinha colesterol alto e hipertensão. O médico já tinha avisado que o coração estava obstruído por gordura, mas ele não mudava a alimentação", conta o barbeiro Sérgio Buscarino de Moraes, de 50 anos, filho do aposentado. "Meu pai era teimoso e piorou depois que a minha mãe morreu, há cinco meses. Ficou deprimido e passou a cuidar menos da saúde", diz.
Medidas. Para especialistas, não é só a mudança de hábitos dos brasileiros que aumentou a mortalidade por obesidade. De acordo com Marcio Mancini, chefe do grupo de obesidade e síndrome metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo, as políticas públicas de prevenção e tratamento devem ser aprimoradas. "Não se faz prevenção em unidades básicas de saúde. Há o tratamento para diabetes, colesterol, hipertensão, mas pouco se faz para barrar o ganho de peso. Essa mesma preocupação deveria existir nas escolas", afirma ele.
De acordo com o especialista, quanto mais cedo se instala a obesidade, mais cedo a pessoa pode morrer. "Se uma pessoa já tem obesidade mórbida com 20 anos e permanece assim, a doença vai encurtar a vida desse paciente em 12 anos", diz ele.
Para Maria Tereza Zanella, endocrinologista da Unifesp, é preciso mudar os hábitos desde a infância. "As crianças vivem em apartamento, jogam videogame e comem produtos industrializados. São alimentos que têm um sabor agradável e as crianças vão se acostumando, mas isso deve ser evitado", diz ela.
Além da prevenção falha, os médicos apontam estrutura insuficiente para o tratamento da obesidade. "O SUS não oferece o tratamento medicamentoso, e os centros de referência para cirurgia bariátrica não dão conta da demanda", diz Mancini.
Em março, pelo menos 3 mil obesos de várias regiões do Brasil lotaram o ginásio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para passar por triagem em busca de cirurgia bariátrica. A fila de espera tem 2 mil pessoas.
Fonte: estadao.com.br
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