Foto: Adam.com
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea, com conseqüente enfraquecimento e fragilidade do osso e maior possibilidade de fraturas, mesmo após pequenas quedas e traumas. As estatísticas comprovam o quão sério é o problema: uma em cada quatro mulheres, após a menopausa, têm osteoporose e uma a cada cinco mulheres que já tiveram fratura sofrerão outra fatura, em menos de um ano. No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas têm a doença e, no mundo, esse número chega a 200 milhões.
A boa notícia é que a osteoporose pode ser prevenida e tratada com excelentes resultados. “A osteoporose pode ser diagnosticada, com precisão e precocemente, através de um exame de fácil realização, indolor e de alta precisão chamado densitometria óssea. Enquanto com o raio-x somente podemos detectar a osteoporose quando já há perda de 30% da massa óssea, com esse exame podemos detectá-la quando há perda de menos de 1%. E detectada precocemente, podemos tratá-la com êxito”, explica o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Eduardo Sadigurschi.
Muitas vezes, a osteoporose se manifesta clinicamente através de fraturas. Dores e diminuição de altura, entretanto, também podem estar associadas à doença. Segundo o reumatologista do CREB, os principais fatores de risco da doença são: ser mulher; ter pele e/ou olhos claros; ser baixa e/ou magra; quem não toma leite ou ingira pouco alimento com cálcio; quem não faz exercício físico; quem toma pouco sol; quem tem parente com a doença; quem sofre de asma (bronquite), artrite ou alergia; fumantes; quem bebe muito café e bebida alcoólica; quem tem menopausa precoce por cirurgia ou não; quem usa antiácidos, anticonvulsivantes, certos diuréticos, heparina e/ou corticóides; e quem tem problema de tiróide.
O tratamento, explica o Dr. Eduardo, deve ser orientado com um programa completo. “Os hormônios podem ter um papel muito importante na reconstrução e na prevenção da perda da massa óssea. Assim, a reposição hormonal pode ser realizada com hormônios similares aos naturais ou por fitoterapia”, afirma o médico. O Dr. Eduardo recomenda que mulheres adultas pratiquem uma dieta de 1000 mg de cálcio por dia. “Quando há risco de osteoporose, sugerimos uma dieta com 1500 mg de cálcio diários. Entre os alimentos ricos em cálcio estão o leite, iogurte natural com pouca gordura, queijo ricota, queijo suíço, queijo provolone e até sorvete cremoso de baunilha. Outras fontes secundárias de cálcio são sardinha, ostras, ervilhas, couve e brócolis”, diz ele, que ensina uma importante dica: “a casca do ovo é composta em quase 100% de carbonato de cálcio. Sugerimos aos nossos pacientes lavar a casca do ovo, colocar no forno em alta temperatura, com a finalidade de buscar uma melhor higienização. Depois, pegue essa casca e a triture muito bem até ficar muito fina. Coloque uma colher de chá ao dia desse material na comida misturada e você terá aí os 1.500 mg ao dia de cálcio necessários em sua dieta”, explica
Outro aspecto muito importante na prevenção e tratamento da osteoporose é a prática de exercício físico. “É fundamental que a pessoa tenha uma boa qualidade muscular para sua coluna”, avisa o reumatologista, que indica a hidroterapia.
- Até a idade de 30 anos, a mulher constrói e armazena cálcio eficientemente. Então, como parte do processo natural da idade, a formação de novo tecido ósseo diminui e a perda permanente de cálcio se acelera depois da menopausa. Pense no osso como uma espécie de caderneta de poupança. Você somente terá massa óssea na sua poupança na medida que você depositar. Acredita-se que mulheres jovens podem aumentar sua massa óssea em cerca de 20%, um fator crítico na proteção contra a osteoporose – finaliza o médico do CREB.
Fonte: www.creb.com.br
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