segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Brasil tem 3 milhões de mulheres acima dos 50 anos com fraturas vertebrais


De acordo com pesquisa internacional divulgada nesta semana, o número de mulheres acima dos 50 anos com fraturas vertebrais já chega a 3 milhões no Brasil. A maioria dessas mulheres sequer possui o diagnóstico para osteoporose, doença que atinge uma em cada três mulheres na pós-menopausa. O relatório da International Osteoporosis Foundation prevê também uma explosão no número de fraturas por fragilidade decorrente da osteoporose nas próximas décadas.

Considera-se que a osteoporose, uma doença que enfraquece os ossos e os torna mais suscetíveis a fraturas, afete em torno de 33% das mulheres após a menopausa no Brasil.

Fraturas decorrentes de osteoporose afetam principalmente adultos mais velhos, com as fraturas na coluna e quadril provocando maior sofrimento, incapacidade e despesas de saúde.

Atualmente, em torno de 20% da população brasileira têm 50 anos de idade ou mais e 4,3% estão acima de 70 anos. Com uma expectativa de vida prevista para chegar a 80 anos em 2050, estima-se que a população total aumentará para 260 milhões de pessoas. Em torno de 37% terão então mais de 50 anos de idade e 14% (em torno de 36 milhões de pessoas) 70 anos ou mais.

No Brasil, em torno de 153 a 343 fraturas de quadril ocorrem em cada 100 mil pessoas de 50 anos ou mais. Atualmente estima-se que ocorram 121.700 fraturas anuais de quadril e prevê-se que os números aumentem em 16% em 2020 e 32% em 2050.

As fraturas de quadril são uma causa importante de sofrimento, incapacidade e morte precoce em idosos. Vários estudos internacionais mostram que em torno de 20% das vítimas de fratura do quadril morrem no período de um ano após a fratura, mas um estudo que avaliou pacientes em vários hospitais do Rio de Janeiro revelou que 35% dos doentes morreram durante a internação ou logo após a alta hospitalar. Frequentemente os pacientes que sobrevivem a uma fratura de quadril permanecem inválidos e perdem a capacidade de ter uma vida produtiva e independente, tornando-se assim um peso para a família ou acabam transferidos para atendimento hospitalar em vários casos.

Segundo o ginecologista Bruno Muzzi, Presidente da Associação Brasileira da Avaliação da Saúde Óssea e Osteometabolismo (ABrASSO), a osteoporose e as fraturas por fragilidade tornaram-se uma questão de saúde que requer atenção imediata. " Precisamos implantar medidas de alcance nacional para a prevenção precoce e, ao mesmo tempo, assegurar que as pessoas em risco - especialmente as que já sofreram uma fratura - sejam diagnosticadas e tratadas adequadamente para prevenir novas fraturas futuras. Essa é a única maneira de reduzir a crescente onda de custosas fraturas" , explica Muzzi


http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/28067/geral/brasil-tem-3-milhoes-de-mulheres-acima-dos-50-anos-com-fraturas-vertebrais

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