Cirurgia é alternativa ao uso de prótese com duração máxima de 20 anos.
Técnica esbarra na dificuldade de encontrar doadores de tecidos.
O Hospital das Clínicas de São Paulo começou a fazer um transplante inédito no Brasil: o de cartilagem do joelho. A cirurgia é uma opção para pacientes que só tinham como tratamento a colocação de uma prótese, informa o Jornal Nacional.
No transplante, a equipe de ortopedistas inseriu um pedaço de osso e a cartilagem de um doador em uma paciente que estava com uma lesão no joelho esquerdo provocada pelo uso de remédios para leucemia.
Mariza Santos Guimarães estava com a cartilagem (a camada branca que protege a articulação) toda machucada e uma parte do osso já tinha se desgastado. No transplante, a equipe do HC colocou um pedaço de osso e a cartilagem de um doador.
De acordo com o ortopedista do HC que fez a cirurgia, Luis Eduardo Tirico, com as trocas de prótese existe o risco de infecção e de sequelas ao longo do tempo.Uma das vantagens do transplante é que ele se torna uma alternativa para a vida útil da prótese, que dura entre 10 e 20 anos.
No entanto, o uso da técnica esbarra em um obstáculo: a dificuldade de conseguir doadores de tecidos no Brasil, em especial de cartilagem. Ossos e tendões são tecidos usados há vários anos para corrigir fraturas, mas não e fácil encontrar doadores.
No ano passado, entre mais de 2.000 doadores de órgãos no Estado de são Paulo, menos de 200 doaram o tecido ósseo e somente doze casos puderam ser aproveitados. Para os médicos o problema persiste por falta de informação.
“Um paciente doador pode beneficiar mais de 20 pacientes receptores que estão aguardando por esse tipo de tratamento”, afirma Tirico.
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