Dia 17 de outubro de 2011, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) comemora o Dia Mundial Contra a Dor. A iniciativa faz parte de uma campanha mundial com foco no tratamento da dor crônica, que acontece em todo o mundo no mesmo dia e foi idealizada pela International Association for the Study of Pain (IASP). A data tem como objetivo conscientizar a população sobre o tema, cada ano enfocando um aspecto diferente. Desta vez, o tema é a Dor de Cabeça.
Quem nunca teve dor de cabeça? Estudos populacionais mostram que mais de 90% da população mundial teve ou terá pelo menos uma dor de cabeça na vida e 50% as tem regularmente. Nesses casos a cefaleia é responsável por perda de 4 a 5 dias de trabalho, ou lazer ao ano, e diminui a qualidade de vida, sendo considerada uma questão de saúde publica.
Dentre as cefaleias, a mais incapacitante é a enxaqueca, uma doença familiar que acomete 15% da população, nas idades mais produtivas da vida. É mais frequente entre as mulheres, sendo relacionada, na maioria delas, ao ciclo menstrual. A enxaqueca é uma doença benigna, mas às vezes pode gerar complicações: provocar crises epilépticas, acidentes vasculares cerebrais e torna-se diária. Quando é diária, leva ao uso abusivo de analgésicos com efeitos colaterais graves, tais como hemorragias gástricas, doenças hepáticas, renais e anemias com diminuição das defesas do organismo contra infecções. O neurologista José Geraldo Speciali, coordenador científico do Comitê de Cefaleia da SBED, é enfático: “As cefaleias devem ser tratadas, mesmo as menos frequentes. Nos últimos 20 anos, os avanços nesse sentido foram enormes e hoje nenhum médico diz ao pacientes uma frase que era comum anos passados: você tem que se acostumar a viver com sua dor de cabeça!”
Após o dia, campanha do Ano Mundial Contra a Dor de Cabeça será realizada no país até outubro de 2012, pela SBED, divulgando de forma ampla o tema dor de cabeça ou cefaleia. “Queremos alertar e estimular mais as discussões sobre o tema em todo o Brasil, chamando a atenção das autoridades sanitárias e, principalmente, de quem sofre em silêncio por desconhecer a doença”, afirma João Batista Santos Garcia, presidente da SBED.
Fonte: http://www.dor.org.br/
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