O Dia Mundial do Rim é uma ação global de conscientização sobre a importância de prevenir as doenças renais.
Para 2014, o tema do Dia Mundial do Rim será “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”. A
ideia central do tema é chamar a atenção para a alta prevalência da Doença Renal Crônica (DRC), que pode chegar a 10% da população, especialmente entre os idosos, porque o risco de desenvolvimento da doença aumenta com o envelhecimento. Nesse ano, a Campanha conta com o apoio do Governo Federal, através do Ministério da Saúde. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem considerado as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) com um dos principais desafios em saúde pública para as próximas décadas. Essas doenças estão intimamente relacionadas com os hábitos de vida da sociedade contemporânea, bem como com o envelhecimento da população mundial. Nesse contexto, a OMS traçou estratégias para a redução da mortalidade por essas doenças até 2022. O Brasil foi um dos primeiros países a aderir oficialmente a esse programa. Através das ações da SBN junto ao Ministério da Saúde, a DRC passou a ser considerada um dos pilares do Plano de Enfrentamento das DCNT no território brasileiro.
A DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções renais. A sua real prevalência
não é totalmente conhecida, mas cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal. Esse percentual pode aumentar para 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente que o risco para o seu aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento. Segundo o IBGE, cerca de 10% da população brasileira tem mais de 65 anos de idade. Por esta razão, para este ano, o tema central da Campanha aborda o paralelismo entre o envelhecimento e a DRC. Tendo em vista tratar-se de uma Campanha cujo objetivo é a prevenção, torna-se fundamental dar publicidade aos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Entre esses fatores, deve-se destacar a hipertensão arterial, o diabetes melitus, obesidade, tabagismo e presença de história familiar de doença renal. Segundo o governo brasileiro, considerando a população brasileira maior de 18 anos, mais de 20% tem hipertensão arterial, cerca de 8% tem diabetes, 18% é tabagista e cerca de 50% metade tem excesso de peso. Os desfechos mais alarmantes da DRC são a mortalidade por doença cardiovascular e a necessidade de Terapia Renal
Substitutiva (TRS). Para se ter uma ideia da gravidade cardiovascular da DRC, um jovem de 30 anos que esteja em diálise tem a mesma chance de morrer do coração que um senhor de 80 anos com a função renal esperada para a sua idade. A TRS consiste de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante. De acordo com dados da SBN, em 2012 havia cerca de 100 mil brasileiros em diálise. Desses, 30% tinham mais de 65 anos de idade, sendo essa frequência três vezes mais elevada do que na população geral.
Ainda de acordo com dados da SBN, em torno de 90% dos pacientes em diálise são tratados pela modalidade hemodiálise, sendo 85% desse tratamento financiado pelo Sistema Único de Saúde, com um gasto anual estimado em R$ 2,2 bilhões. Apesar do tratamento substitutivo através da diálise, a mortalidade desses indivíduos é em torno de 15% ao ano, sendo maior no início da terapia, por conta do diagnóstico tardio. Um dado chocante, e que contribui de forma significativa para essa mortalidade é que cerca de 70% dos pacientes que iniciam diálise desconheciam ser portadores da doença. Por esses motivos, o diagnóstico precoce é fundamental. Todo e qualquer paciente que apresentar um dos fatores de risco mencionados (hipertensão, diabetes melitus, idade avançada, história familiar), em qualquer nível de atendimento de saúde, devem ser triados para a DRC através do exame de urina e da dosagem de creatinina no sangue.
http://www.diamundialdorim.com.br/index.php
http://www.sbn.org.br/leigos/index.php?outrasCampanhas2014&menu=6
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