Passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo.
Dormir bem é essencial para nos mantermos saudáveis, com melhor qualidade de vida e até aumento da longevidade.
O processo do sono é regido por um relógio biológico ajustado num ciclo de 24 horas, que pode sofrer interferências de fatores externos como iluminação, ruídos, odores, tipo de colchões, vida social, entre outros...
A melatonina é um hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal começa a ser secretada assim que o sol se põe, como um aviso para o organismo se preparar para dormir.
Quando o processo tem início, a temperatura corporal cai de 1 a 2º C e a pressão arterial também sofre uma leve queda. Daí ao primeiro cochilo é um piscar de olhos.
Em 1953, descobriu-se a existência de uma fase de sono profundo, quando sonhamos, batizada de REM - rapid eye movement - movimento rápido dos olhos. Hoje, se sabe que o sono se divide em cinco fases, repetidas em ciclos, durante a noite.
Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o merecido descanso, nosso organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.
As 5 fases do sono
1ª fase
É a fase do adormecimento. Essa fase pode durar de alguns instantes até 15 minutos e ocupa de 3 a 5 % da noite de sono. Funciona como uma espécie de zona de transição entre estar acordado e dormindo. O cérebro produz ondas irregulares e rápidas e a tensão muscular diminui. A respiração fica suave e os pensamentos do mundo desperto flutuam pela mente. Se for acordada, a pessoa reagirá rapidamente, negando que estava dormindo.
2ª fase
É a fase de um sono mais leve. A temperatura corporal e os ritmos cardíaco e respiratório diminuem. As ondas cerebrais ficam mais lentas. Essa fase ocupa a metade do tempo total do sono, durando cerca de 20 minutos cada ciclo. As ondas do cérebro alongam-se, regularizam-se e são afetadas somente por alguma atividade elétrica isolada e repentina. Nessa fase, a pessoa cruza definitivamente o limite entre estar acordada e dormindo. Se alguém levantar suavemente a pálpebra de uma pessoa nessa fase de sono, ela não acordará. Os olhos não respondem a um estímulo.
3ª fase
O corpo começa a entrar no sono profundo. As ondas cerebrais tornam-se amplas e lentas. É uma fase rápida. Corresponde a uma média de 5% do tempo de sono.
4ª fase
É o sono profundo, onde o corpo se recupera do cansaço diário. Essa fase é fundamental para a liberação de hormônios ligados ao crescimento e para a recuperação de células e órgãos. Dura cerca de 55 minutos, não mais que 20% da noite. A pessoa fica totalmente inconsciente. Está tão fora do mundo que nem uma tempestade poderá acordá-la.
5ª fase: Sono REM
A atividade cerebral está a pleno vapor e desencadeia o processo de formação dos sonhos. Os músculos ficam paralisados, as frequências cardíaca e respiratória voltam a aumentar e a pressão arterial sobe. É o momento em que o cérebro faz uma espécie de faxina geral na memória. Fixa as informações importantes captadas durante o dia e descarta os dados inúteis. Durante o REM, os músculos longos do tronco, os braços e as pernas estão paralisados, mas os dedos das mãos e dos pés podem contrair-se. O fluxo sanguíneo em direção ao cérebro aumenta e a respiração fica mais rápida e entrecortada.
REM é a fase dos sonhos. Se a pessoa for acordada, provavelmente recordará fragmentos de suas fantasias. Depois de 10 minutos de REM volta-se a descer às fases de sono quieto.
Nas primeiras horas da noite predominam as fases 3 e 4. Pela manhã, percorre-se de quatro a cinco vezes o circuito do sono completo.
Qual a quantidade de sono necessária?
Não há fórmula para definir qual a duração adequada de um bom sono noturno. Podemos supor que sete horas e meia sejam uma média adequada, porém alguns indivíduos, uma ou duas em cem, sintam-se bem com um sono de cinco horas ou somente uma pequena minoria precisa do dobro.
A quantidade e a qualidade do sono mudam com a idade.
Nos primeiros meses de vida os bebês dormem até 18 horas por dia. Com 10 anos de idade, uma criança precisa de nove a dez horas de sono. Na adolescência dorme-se nove horas e meia e em aproximadamente 60% do tempo um sono profundo e contínuo. Na idade adulta, normalmente sete horas e meia fornecem um descanso adequado. Na velhice, a quantidade e a qualidade do sono diminuem, normalmente seis horas por noite, com mais despertares.
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