domingo, 24 de maio de 2009

Osteoporose em crianças

A osteoporose não é um problema exclusivo de idosos e mulheres no período da menopausa. Pouco se fala, mas a doença atinge cerca de 25% das crianças com doenças crônicas.

As principais causas de osteoporose na infância são as enfermidades que interferem na ingestão e absorção de nutrientes e na conversão da forma inativa da vitamina D em ativa, fator que pode levar à perda de massa óssea e aumentar a fragilidade dos ossos. É o caso de doenças intestinais, reumáticas e renais crônicas, fibrose cística e anorexia.

Por não provocar sintomas é importante que todas as crianças com doenças crônicas sejam identificadas. "Só assim é possível fazer um tratamento preventivo, que pode melhorar muito a qualidade de vida", diz Maria Teresa Ramos Ascensão Terreri, reumatologista pediatra do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.

De acordo com a médica, além dos pacientes com doenças crônicas, crianças e adolescentes que consomem baixa quantidade de cálcio, com fraturas de repetição e com histórico familiar da doença também devem ser observadas. "A conseqüência principal da osteoporose é a ocorrência de fraturas após traumas leves durante as atividades da vida diária. Por isso, é fundamental que durante a infância o consumo de leite e derivados seja diário, além da exposição moderada ao sol e a prática de atividades físicas", explica.

O diagnóstico da osteoporose pode ser feito pelo exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso e a compara com os padrões "normais" predeterminados de acordo com idade e sexo. O exame tem duração média de 20 minutos. Não exige nenhum tipo de preparo ou jejum.

O tratamento da osteoporose na infância é realizado com a reposição de cálcio e vitamina D por meio de medicamentos. "Crianças com doenças crônicas que apresentam fraturas precisam de atenção especial durante o tratamento com a ingestão de medicamentos que melhorem a densidade mineral óssea", diz a médica.

A osteoporose deve ser tratada sempre com a orientação de um especialista que fará o acompanhamento sistemático do quadro evolutivo.

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