quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Trocar a cadeira do escritório por uma bola faz queimar mais calorias

Dos site UOL - fonte: The New York Times


Bolas medicinais estão se tornando alternativas populares às velhas cadeiras de escritório, uma forma – segundo alguns – de queimar calorias e melhorar a postura.

O aumento na queima de calorias é real, mas pequeno. Segundo um estudo de 2008, trabalhar no escritório sentado numa bola medicinal queima cerca de 4 calorias a mais por hora do que fazer a mesma atividade numa cadeira, ou aproximadamente 30 calorias extras num dia típico de trabalho.

E esse número não inclui a queima adicional que viria com atividades como quicar ou fazer levantamento de pernas, algo que muitos usuários dizem ficar inspirados a fazer quando sobre as bolas.

Do ponto de vista da postura, não existe um corpo de evidências convincente. Embora os proponentes afirmem que as bolas forçam os usuários a uma posição ereta e a se estabilizarem, um estudo inglês de 2009 descobriu que sentar-se prolongadamente numa bola medicinal gerava os mesmos problemas de postura que numa cadeira.

Outro estudo, conduzido por pesquisadores holandeses no ano passado, comparou trabalhadores com longas tarefas de datilografia sobre bolas medicinais e cadeiras com encostos para os braços. As bolas produziram mais atividade muscular e um “movimento de tronco” 33% maior. Porém, também geraram maior contração da coluna.

“Concluiu-se que as vantagens relacionadas à carga física de sentar-se numa bola medicinal pode não superar suas desvantagens”, escreveram os pesquisadores. Outros estudos chegaram a resultados similares.

Conclusão? Sentar-se sobre uma bola medicinal gera queima calórica maior do que usar a cadeira, mas faltam evidências de que isso aprimoraria a postura.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Arte com microorganismos


Pesquisadores lançam site com galeria de obras feitas a partir de bactérias e fungos em lâminas de laboratório. Bactérias cultivadas ganham cor e formas com adição de pigmentos artísticos.

Os estudantes de microbiologia do professor Ben Wise no Keene State College, nos EUA, criaram formas variadas com as bactérias, a partir de diferentes pigmentos.

Nas experiências com bactérias e proteínas fluorescentes, pesquisadores japoneses conseguiram reproduzir a imagem de uma pirâmide.

O artista finlandês Erno-Erik Raitanen fez com que a bactéria consumisse uma gelatina. Neste processo, aparecem cores e formas

As imagens do finlandêns Erno-Erik Raitannen foram criadas com o cultivo de bactérias extraídas do corpo do artista em um negativo de filme

As estruturas artísticas das colônias de bactérias desta imagem se formaram a partir das respostas dos microorganismos a estímulos de laboratório que mimetizam ambientes hostis

A equipe de Ben-Jacob criou imagens a partir de colônias de bilhões de microorganismos

Equipe da Universidade de Guelph desenha evolução dos primatas com bactéria E. coli

Equipe do Gregory Lab, na Universidade de Guelph, usa bactéria E. coli para fazer desenho de fóssil do pássaro Archaeopteryx

A equipe IGEM de Osaka usou bactérias geneticamente modificadas para criar imagen fluorescentes, como esta, inspirada no game SuperMario

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sedentarismo é Doença - MEXA-SE


Hoje em dia muito se fala em sedentarismo, obesidade, qualidade de vida e atividade física, mas na prática as coisas são um pouco diferentes. A taxa de sobrepeso e obesidade vem crescendo assustadoramente e por experiência própria posso dizer que a maioria dos meus pacientes, independentemente de seus problemas de saúde, idade e sexo, estão acima do peso ou obesos.

Isto acarreta um grande risco à saúde: o sedentarismo está associado ao aumento da incidência de diversas doenças como obesidade, diabetes, aumento do colesterol ruim (LDL), depósito de gordura nas artérias, hipertensão arterial e infarto do miocárdio.

E por que isso está acontecendo?

Existem muitos fatores que podem influenciar o ganho de peso, entre eles a alimentação errada (muita fritura, fast food, alimentos industrializados com muita gordura, refrigerantes, etc), a falta de atividade física (até pra mudar de canal só mexemos um dedo, uso de elevador pra subir ou descer um andar, usar o carro pra ir a padaria a um quarteirão de casa) e até alguns problemas de saúde (ex: problemas de tireóide).

Alguns dados alarmantes:

Segundo uma pesquisa feita este ano pelo Ministério da Saúde, o número de sedentários no Brasil aumentou. Hoje representam 16,4 % da população. Em 2006 eram 13,2 %. A pesquisa revela ainda que 25,8% dos adultos passam três horas ou mais assistindo tevê. Isso indica que muitos preferem atividades passivas nas horas de lazer;
Somente 13% dos brasileiros pratica exercícios regularmente;
O sedentarismo aumenta em 54% os casos de infarto e em 50% do risco de morte por derrame cerebral;
Por ano, morrem mais de 300 mil brasileiros pela falta de atividade física;
Tornar-se um pouco mais ativo, diminui o risco de morte por doenças cardíacas em 40%.


Então o que fazer para melhorar esse quadro?

O sedetarismo já pode ser considerado uma doença. E de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde bastam 30 minutos de atividade física diária para sairmos da condição de sedentários para indivíduos ativos e com menos riscos de doenças. Os trinta minutos não precisam ser contínuos (embora seja mais eficaz na perda de peso), podem ser divididos ao longo do dia em atividades como: descer um ponto antes e andar até o trabalho/casa ou escola, trocar o elevador pelas escadas quando possível, ir a padaria ou mercadinho a pé, lavar o carro, quintal, cuidar do jardim, passear com o cachorro, entre tantas outras atividades.

É só escolher a que lhe agradar mais e começar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Auxiliares da Marcha - Muletas, bengala e andador.

Ultimamente, venho atendendo vários pacientes pós operados de fraturas na perna, tornozelo e afins, com limitação de marcha, usando muletas e robofoot. Esses pacientes tem muitas dúvidas (e algumas dificuldades) sobre como utilizar as muletas corretamente em diferentes situações. Pensando nisso decidi escrever esse post e fazer uma explanação a respeito dos auxiliares de marcha. São eles: muletas, bengalas e andador.

Se você alguma vez quebrou a perna ou um osso do seu pé; foi submetido a cirurgia no seu membro inferior ou sofreu um derrame, você pode ter tido a necessidade do uso de muletas, bengala ou andador. No início, tudo que se faz parece ser difícil, mas com algumas dicas e um pouco de prática, você vai ganhar confiança e vai aprender a usar seu meio de auxílio de marcha com segurança.

Muletas

Se uma lesão ou procedimento cirúrgico o obriga a manter seu peso fora da perna e do pé, você deve usar muletas. A extremidade superior da muleta deve estar de 2 a 3 cm abaixo da axila, com você em pé. As manoplas (local onde segurar) das muletas devem estar no mesmo nível da parte superior do seu quadril. Seus cotovelos devem estar levemente flexionados quando as mãos seguram as manoplas. Pressione a extremidade superior das muletas contra a parte lateral do tórax, e use suas mãos para absorver o peso. Não deixe que as muletas pressionem contra suas axilas.

Andando: incline levemente para frente e coloque suas muletas aproximadamente 30cm à sua frente. Inicie o passo como se você fosse pisar com a perna lesada, mas desloque o peso para as muletas ao invés da perna lesada. Seu corpo balança para frente entre as muletas. Termine o passo normalmente com sua perna não lesada. Quando sua perna não lesada estiver apoiada no chão, coloque suas muletas para frente em preparação para o próximo passo. Mantenha atenção em onde você está andando e não no seu pé.

Sentando: Coloque a perna lesada à sua frente e ambas muletas em uma das mãos. Use a outra mão para sentir o assento da cadeira. Lentamente abaixe-se até o assento. Coloque suas muletas com as pontas para cima em uma localização de fácil acesso (as muletas tendem a cair quando colocadas em pé sobre suas pontas). Para ficar em pé, desolque seu corpo para a parte anterior do assento. Segure ambas muletas na mão do lado da perna normal. Faça força para ficar em pé sobre a perna normal.

Escadas: para subir ou descer escadas com muletas, você precisa ser forte e flexível. Olhando de frente a escada, segure o corrimão com uma das mãos e coloque ambas muletas sob a axila do outro lado. Se você estiver subindo a escada, inicie com a perna boa, mantendo a perna lesada para trás. Quando estiver descendo, mantenha a perna lesada na sua frente e desça cada degrau com sua perna boa. Desça um degrau de cada vez. Você pode precisar de ajuda de alguém, pelo menos nas primeiras vezes. Se você estiver frente a uma escada sem corrimão, use as muletas sob os dois braços, e suba ou desça a escada, um degrau por vez, usando sua perna boa. Será necessário mais força. Outra forma fácil é sentar na escada e levar o corpo para cima ou para baixo cada degrau. Comece sentando no degrau mais baixo com sua perna lesada à frente. Segure ambas muletas com a mão oposta, apoiadas na escada. Suba a nádega para o próximo degrau usando a mão livre e a perna boa como suporte. Vire para a mesma direção quando for descer a escada.


Bengalas


Você pode achar útil usar a bengala quando tiver problema de equilíbrio ou instabilidade, fraqueza nas pernas ou tronco, lesões ou dor. Se você for idoso, uma bengala de ponta única pode auxiliá-lo a manter uma vida independente. A extremidade superior da bengala deve ficar ao nível do punho, com você na posição em pé. Seu cotovelo deve dobrar um pouco para segurar a bengala. Segure a bengala na mão oposta ao lado que necessita suporte. Quando andar, a bengala e sua perna lesada balançam e apóiam no solo ao mesmo tempo. Para começar, posicione a bengala um pouco a frente e inicie a marcha com sua perna lesada. Termine o passo com sua perna normal. Para subir escada, segure o corrimão (se possível) e suba o degrau primeiro com a perna boa, com a bengala na mão oposta à perna lesada. Então leve a perna lesada degrau acima. Para descer a escada, primeiro posicione a bengala no degrau, então apóie a perna lesada e finalmente a perna boa, que suporta o peso do corpo.


Andador

Se você tem uma artroplastia total do quadril ou do joelho, ou você tem outro problema significante você pode necessitar de mais auxílio no equilíbrio e marcha que com as muletas ou bengala. Um andador com quatro apoios no solo pode dar mais estabilidade. Ele permite que você retire todo ou parte do peso dos membros inferiores durante a marcha. A parte superior do andador deve estar na altura das pregas do seu punho com você em pé. Não tenha pressa quando usa um andador. Conforme sua força e resistência melhorem, você gradualmente conseguirá pôr mais peso nas suas pernas.

Primeiro coloque o andador mais ou menos um passo a frente, certificando-se que as pernas do andador estejam bem apoiadas no solo. Com as duas mãos segure firmemente o andador e ande para dentro dele, pisando de leve com a perna lesada. Toque de leve o calcâneo da perna lesada primeiro, então aplaine o pé e finalmente os dedos, completando o passo com sua perna boa. Não se posicione muito na frente do andador. Faça pequenos passos quando fizer curvas. Para sentar vá para trás até suas pernas tocarem a cadeira. Palpe até sentir o assento antes de sentar. Para sair da cadeira, levante e segure o andador. Tenha certeza que as pernas o andador estejam com protetores de borracha em bom estado. Nunca tente subir escada ou escada rolante com o andador.


Outras informações gerais para quem usa apoio dentro de casa incluem:

• remova tapetes, fios elétricos, líquidos derramados e qualquer outra coisa que possa fazer você cair.
• no banheiro, use tapetes antiderrapantes, barras para segurar, assento elevado e cadeira no chuveiro.
• simplifique sua casa para manter as coisas que necessita em local de fácil acesso e todo o resto fora do caminho.
• use mochila, sacolas, aventais ou maletas para ajudar a carregar coisas.
• por vezes as muletas atritam com a pele entre seu braço e peito. Você pode usar loção ou talco para prevenir escoriações.
• se as suas mãos ficarem machucadas ou cansadas, você pode colocar mais estofamento nas empunhadeiras da muleta.
• certifique-se de não se apoiar nas muletas pressionando-as contra as suas axilas.
Com essas dicas ficará mais fácil e seguro utilizar bengalas, muletas e andador.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Livro - Viver sem morrer - como lidar com ELA



A cada 90 minutos alguém é diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) - há três casos a cada 200 mil pessoas. A Doença de Neurônio Motor (DNM), como também é chamada, é uma condição neurodegenerativa que progride rapidamente e compromete os neurônios que comandam os movimentos.

Quando Mauricio Cukierkorn, então com 62 anos de idade, recebeu o diagnóstico de ELA - esclerose lateral amiotrófica, uma doença neurodegenerativa, rapidamente progressiva, irreversível e fatal, sua família se mobilizou para oferecer a melhor qualidade de vida possível ao paciente e para buscar informações sobre as melhores opções de tratamento para a doença.

O engenheiro conviveu nove anos com a doença, muito mais do que previram os seus médicos e do que a estimativa em geral, vivendo cada dia com disposição e força de vontade. Não "abandonou" o trabalho totalmente e as horas de lazer foram valorizadas. O apoio da família foi fundamental durante todo o tratamento. A experiência de cuidar do pai e dedicar carinho e apoio resultou em um livro de escrita singela, em que a filha Flora Cukierkorn Diskin descreve a trajetória de sua vida e de toda a família durante os nove anos do tratamento da doença do pai.

O objetivo de "Viver sem Morrer - a vida com ELA - esclerose lateral amiotrófica" não é contar a história de vida de uma pessoa com a doença, mas sim homenagear um pai, apresentando maneiras de lidar com as fases da doença e relatando como ela interage com o corpo do paciente. Como ela mobiliza a família e como o paciente precisa de apoio, dedicação e, acima de tudo, muito amor.

Dentro de inúmeras limitações e desgastes, a família procurou proporcionar bons momentos a Mauricio, estando ao seu lado durante o tratamento, ressaltando a importância do amor dado ao doente e a necessidade de mostrar que cada dia a mais na vida vale a pena. Os dias passam a ter muita importância e toda vivência a mais é entendida como um acréscimo, faz da presença um novo aprendizado e o estar junto é cada dia mais valorizado.

De acordo com Flora, a obra demonstra que o carinho e os cuidados adequados auxiliam de forma decisiva no tratamento, amenizando o sofrimento do paciente. "Quando deixamos um doente isolado, ele acaba desistindo de viver, por isso os cuidados são importantes para encorajar o paciente em busca da 'cura", em busca do amanhecer", afirma.

Esclerose lateral amiotrófica – ELA - Doença rara (com incidência ao redor de 1,5 caso/100.000 pessoas por ano), a esclerose lateral amiotrófica (ELA), ou doença do neurônio motor (DNM), é uma condição neurodegenerativa, caracterizada por comprometimento dos neurônios motores do cérebro (neurônio motor superior - NMS) e da medula nervosa (neurônio motor inferior - NMI). A condição é de etiologia desconhecida e, até o momento, não há cura. Sintomas: câimbras, fraqueza muscular e insuficiência respiratória. O estágio final da doença é dramático: os pacientes ficam no leito, sem movimentos, com respirador artificial, com alimentação via sonda e comunicação comprometida, muitas vezes só conseguida por meio de movimentos oculares.

Serviço:
Viver sem Morrer - a vida com ELA - esclerose lateral amiotrófica
Editora: Minha Editora, selo editorial Manole
112 páginas

Mensagem

" A função da ciência não é acrescentar mais anos à vida, mas acrescentar mais vida aos anos "

JOHN OSBRON

Dia 01 de setembro - Dia do Educador Físico


Ontem foi comemorado o dia do profissional de educação física, mas infelizmente não pude postar minha homenagem. Mesmo atrasada aqui vai ela:


A todos os profissionais de educação física que nos ajudam a ter disposição no dia a dia com mais saúde e energia, o meu parabéns pela data.