sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar - ANS para download




Para download acesse o link abaixo:
http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/Manual_Promoprev.pdf

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

IV Simpósio de Fisioterapia da Unimed Paulistana - Dia 11 de outubro de 2014


O IV Simpósio de Fisioterapia da Unimed Paulistana será realizado no dia 11 de outubro, sábado, e abordará o tema “Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido”

Público Alvo: Fisioterapeutas e Profissionais da Saúde

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

8h - Credenciamento e Entrega de Materiais

8h30 - Dr. Herbert Wallauer de Mattos – Unimed Paulistana

9h - Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido em Idosos
Moderador - Ft. André Pinto Souza Mendes – Unimed Paulistana
• Ambiente Hospitalar – Dr. Enéas Rocco – AMIL e HMSC
• Ambiente Ambulatorial – Ft. Elias Ferreira Porto – UNASP

10h20 - Coffe Break

10h50 - Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido em Pneumopatas
• Ft. Márcio Tubaldini – USJT

11h30 - Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido em Pacientes Oncológicos
• Ft. Larissa Alvarenga Augusto – Unimed Paulistana e IBCC

12h10 - Almoço

13h30 - Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido em Pacientes Críticos
Moderadora - Ft. Deise Barboza Reis – Unimed Paulistana
• Pacientes em Cuidados Intensivos – Prof. Lucas Yutaka – CHS Sorocaba e AME Jundiaí
• Pacientes em Cuidados Semi Intensivos – Ft. Carlos Alcino Nascimento Filho – Unimed Paulistana

14h40 - Segurança e Prescrição do Treinamento Resistido em Cardiopatas
Moderador: Ft. Renan Fernandes Ribeiro – Unimed Paulistana
• Ambiente Hospitalar – Dr. Giulliano Gardenghi – Encore, CEAFI, HMSC
• Ambiente Ambulatorial – Prof. Wladimir Mussetti – UNIFESP

15h50 - Encerramento – Ft. Keli Cristina Betto Simões Marcondes - Unimed Paulistana

*Programação sujeita a alteração.

Comissão organizadora:
Keli Cristina Betto Simões Marcondes
Deise Barboza Reis
Alecsandra Aparecida dos Santos
André Pinto Souza Mendes
Carlos Alcino Nascimento Filho
Renan Fernandes Ribeiro

Data: 11 de outubro de 2014, sábado.

Valor:
Profissionais R$ 60
Estudantes (mediante comprovação) R$ 40

Quantidade de Vagas: 70 vagas

Local do evento: Anfiteatro do Hospital Unimed Santa Helena - 11º andar – Rua São Joaquim, 36 – Liberdade – São Paulo (próximo ao metrô São Joaquim).

Informações e Inscrições:
IGC – Integração e Gestão do Conhecimento – HUSH
Fone: (11) 3340-8083
Email: igc.hush@unimedpaulistana.com.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

33 exercícios com faixa elástica



Acesse o link (em inglês):
http://greatist.com/fitness/resistance-band-exercises

15º CURSO DE CUIDADORES - CRI NORTE ( De 03/09/2014 à 08/10/2014)


Em 2011 o CRI Norte iniciou ações voltadas aos cuidadores informais. Dentre as ações desenvolvidas no Programa de Cuidadores é realizado o Curso de Orientação aos Cuidadores Informais; um curso com grande procura e que já capacitou 741 participantes, entre eles, cuidadores informais, profissionais de saúde e demais interessados no assunto. 

Nos meses de setembro e outubro o CRI Norte promoverá a 15ª edição do Curso de Orientação aos Cuidadores Informais, com objetivo de atender as principais demandas apresentadas, a de informar e orientar o cuidador da pessoa idosa sobre o processo de envelhecimento e os cuidados desenvolvidos no domicílio; prevenir a sobrecarga e o impacto dos cuidados prestados; preservar o autocuidado do cuidador. 

O curso é coordenado pelo Serviço Social e as palestras são ministradas pela equipe multiprofissional, com a abordagem de temas relevantes como: Aspectos sociais do envelhecimento, como lidar com as dificuldades de comunicação e engasgo, finitude, cuidados com os pés da pessoa idosa, doenças mais comuns na velhice, saúde bucal, entre outros. 

PROGRAMAÇÃO

03/09/2014
8:30 às 10:15 horas - Introdução do Curso / Aspectos Sociais do Envelhecimento
Vanessa de Oliveira Santos – Assistente Social
10:30 às 12:00 horas - Doenças mais comuns na Velhice
Anna Carolina Augusto Peres da Silva – Geriatra

10/09/2014
9:00 às 10:15 horas – Como lidar com as dificuldades de comunicação e engasgo
Daniela Horikawa – Fonoaudióloga
10:30 às 12:00 horas - Alimentação Saudável para idosos dependentes
Amabile G. Bezerra - Nutricionista 

17/09/2014
9:00 às 10:15 horas - Cuidar com qualidade e o planejamento do cuidado
Cuidados específicos para idosos com demências 
Manoela Pires Couto – Enfermeira

24/09/2014
8:00 às 9:00 horas - Como prevenir Quedas e Como transferir o idoso no domicílio
Claudia de Oliveira Raizaro – Fisioterapeuta

9:00 às 10:15 horas - Como lidar com as alterações de comportamento
Estratégias para estimular a memória / A Importância da Independência
Mariana G. Della Pietra - Terapeuta Ocupacional

10:30 às 12:00 horas - Cuidados especiais com a Saúde Bucal
Isabel Tiete Matos – Cirurgiã Dentista

01/10/2014
9:00 às 10:15 horas - Finitude
Natália Moraes – Psicóloga

10:30 às 11:45 horas – Envelhecimento, atividade física e qualidade de vida
Danilo Damásio dos Santos – Educador Físico

08/10/2014
9:00 às 10:15 horas – Espiritualidade e o Cuidador
Ana Paula Maeda – Nutricionista

10:30 às 12:00 horas – Escutas Criativas para um Cuidador Integrativo
Paulo Betencourt – Musicoterapeuta

12:00 Encerramento


Local: Auditório Dr.Luiz Roberto Barradas Barata – CRI NORTE
Entrada de pedestres: Rua Voluntários da Pátria, 4301 ou Rua Augusto Tolle, 978 - Santana
Entrada de veículo: Rua César Zama, 01 (somente para embarque e desembarque)

Vagas Gratuitas e limitadas - Inscrições de 01/08/2014 à 30/08/2014
Informações: 11 2972-9271

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

I Simpósio em Reabilitação Oncológica - 20 de setembro de 2014



I SIMPÓSIO EM REABILITAÇÃO ONCOLÓGICA


PROGRAMAÇÃO

08:00 - Credenciamento e entrega de materiais

08:20 – Abertura

08:30 – A importância da equipe multiprofissional na reabilitação do paciente oncológico
- O papel da fonoaudiologia – Dra. Irene de Pedro Netto Vartanian
- O papel da odontologia – Dra. Juliana Pereira de Almeida Ebeling
- O papel da nutrição – Carlos R. Canavez Basualdo
- O papel da enfermagem – Cristiane Galvez

09:30 - Fisioterapia na assistência oncológica em geriatria e gerontologia -  Dra. Priscilla Mendoza

10:00 - Coffee-break

10:20 – Saúde da Mulher
- Planejamento da Radioterapia no câncer de mama – Roberto Simões
- Estimulação Fisioterapeutica precoce pós-mastectomia – Dra. Aline Guimarães
- Atualidades na terapia descongestiva complexa – Dra. Jaqueline Munaretto
- Reabilitação do assoalho pélvico Pós Prostatectomia – Dra. Priscila Yoda

11:45 – Debate

12:00 - Almoço

13:00 – Particularidades do paciente oncológico pediátrico
- Atuação da Fisioterapia – Dra. Bianca Azoubel
- Atuação da Nutrição – Juliana M. Nabarrete
- Atuação da Psicologia – Ligia Pereira Saccari
- Atuação da Terapia Ocupacional - Walkyria de Almeida Santos

14:00 – O uso da ventilação mecânica em pacientes oncológicos críticos - Dra. Denise Carnieli Cazati

14:30 – Fisioterapia no pré e pós TMO - Dra. Viviane Ohasi

15:00 – Coffee

15:30 – Complicações no Mieloma Múltiplo X Fisioterapia -  Dra. Ana Paula Oliveira

16:00 – Reabilitação em Cuidados Paliativos -  Dra. Juliana Firmo e  Marília B. Othero

16:45 – Debate

17:00 - Encerramento

Valores:
Estudantes e profissionais do IAMSPE: R$ 50,00
Fisioterapeutas e outros profissionais da saúde: R$ 60,00

Local: IAMSPE - Av. Ibirapuera, 981 Vila Clementino (Prédio da administração - sala 102)
Informações: www.abrale.org.br | abrale@abrale.org.br | 0800 773 9973

http://www.abrale.org.br/evento/i-simposio-em-reabilitacao-oncologica

6 fatos sobre depressão que todo mundo precisa saber


O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, diz que, em cada 100 pessoas com depressão grave, 15 cometem suicídio. O número é preocupante, mas pode ser revertido se preconceitos forem combatidos e informações forem divulgadas. Todos os anos, a ABP realiza uma caminhada no dia 10 de setembro para lembrar o “dia mundial da prevenção ao suicídio” e, nos locais em que acontece esse tipo de ação, segundo ele, a incidência tem parecido menor.

A seguir, você confere fatos que todo mundo deveria saber para lidar melhor com o problema.

Depressão é uma doença, não “frescura”

Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem sofre de depressão é entender e fazer com que os outros entendam que ela não é “frescura”, mas uma doença, como hipertensão ou diabetes.

Isso significa que precisa ser tratada por um psiquiatra, capaz de orientar e, se necessário, medicar adequadamente o paciente. A psicoterapia em conjunto pode ser muito útil, mas o tratamento médico é essencial.

Preconceito só atrapalha a cura

“Psiquiatra é médico de louco e eu não estou doido”. Esta frase, lembrada por Silva, resume boa parte do preconceito que ainda existe em torno da depressão, dos transtornos mentais e até mesmo dessa especialidade da medicina. Por vergonha ou medo de que conhecidos fiquem sabendo, pacientes evitam procurar ajuda ou perdem um apoio importante dos entes queridos.

Com um amigo deprimido, não adianta só conversar

Outro efeito nocivo do tabu é a desconsideração da gravidade do quadro. Muita gente acredita, por exemplo, que basta conversar com a pessoa deprimida para resolver o problema. Nada mais ilusório.

É claro que o apoio, o consolo e a compreensão são estritamente necessários, mas frases como “Calma, vai passar” ou “Deixa isso para lá” não acrescentam e, dependendo da situação, podem ser prejudiciais. Se o paciente estiver com ideias suicidas, por exemplo, a melhor forma de ajudar é incentivá-lo a ir ao médico.

E falar coisas como “Poxa, mas você não está nem tentando ficar feliz” ou “Você poderia se esforçar mais para melhorar” é, na opinião do médico, maldade. “Isso é a mesma coisa que, se você usa óculos, alguém pedir para que tire as lentes e ordenar que enxergue tudo sem elas”, afirma o psiquiatra.

Os sintomas podem ser físicos e psíquicos

A tristeza e o desânimo podem ser sintomas da depressão, mas não são os únicos. De acordo com Antônio Geraldo da Silva, é possível haver sinais físicos, como perda ou ganho de peso, dores inexplicáveis no corpo e insônia ou sonolência em excesso.

Entre os sintomas psíquicos estão: desânimo intenso, cansaço, apatia, falta de vontade de fazer suas tarefas, falta de prazer, de alegria, choro fácil, temperamento explosivo, irritabilidade.

O diagnóstico, claro, precisa ser feito pelo médico, já que a chamada “síndrome depressiva” tem sintomas que podem ser confundidos com outras enfermidades, como o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo.

Qualquer pessoa pode ter depressão

Assim como grande parte das outras doenças, a depressão não “escolhe” alvos específicos. Segundo o psiquiatra, homens e mulheres, crianças, adultos e idosos podem ser acometidos pelo mal.

Esse fato vai de encontro com outro preconceito muito comum: o que diz que “pessoas bem-sucedidas ou ricas não deveriam ficar deprimidas”. Por esse raciocínio, quem não tem motivos aparentes para sofrer deveria ser imune.

A realidade, no entanto, é mais complexa. Há pessoas que têm mais propensão à doença devido à genética. Há outras que podem sofrer com o problema devido a suas condições de vida e o ambiente em que convivem.

De acordo com o médico, fatores como o uso de álcool e drogas, uma rotina muito estressante e noites sem dormir podem aumentar a incidência da enfermidade.

Depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho

Apesar de todo estigma existente em torno da depressão, ela é uma das principais doenças que acometem a humanidade atualmente. Dados de 2013 divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que mais de 350 milhões de pessoas no planeta têm depressão – o que representa 5% da população mundial.

De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS Medicine, no ano passado, ela é a segunda maior causa de invalidez, no mundo, ficando atrás apenas das dores nas costas.

Antônio Geraldo da Silva estima que 20% das pessoas já tiveram, têm ou ainda terão a doença ao longo da vida. Por isso, ele ressalta a importância de falar mais sobre o tema, dentro das empresas, na família, nos governos e na sociedade como um todo.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/6-fatos-sobre-depressao-que-todo-mundo-precisa-saber/

Sabonete e outros bactericidas podem trazer risco à saúde, aponta estudo


Um novo estudo divulgado pela Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) indica que o triclosan e o triclocarban, dois assassinos de germe comumente empregados em sabonetes, detergentes e outros produtos antibacterianos de uso diário, representam um sério risco à saúde.

Fórmulas com essas substâncias podem interferir no sistema endócrino dos seres humanos e afetar o desenvolvimento de fetos, aponta o relatório apresentado na quinta (14) durante evento nacional da Associação sobre temas emergentes na ciência.

Grávidas e crianças são os grupos mais vulneráveis. Os pesquisadores detectaram triclosan em todas as amostras de urina de mulheres grávidas que analisaram e em cerca de metade das amostras de sangue do cordão umbilical. Isso significa que a substância é transferida das mães para os fetos. Triclocarban também apareceu em muitas das amostras.

"Se você cortar a fonte de exposição, eventualmente, o triclosan e triclocarban seriam rapidamente eliminados pelo corpo humano, mas a verdade é que fazemos uso universal destes produtos químicos, e, portanto, também sofremos uma exposição universal", diz o doutor Rolf Halden, principal investigador do estudo pela Universidade Estadual do Arizona.

PERIGO OCULTO
Há um crescente corpo de evidências que mostram que os compostos podem levar a problemas de desenvolvimento e reprodutivos em animais e, potencialmente, em humanos.

Em estudos com animais foi demonstrado que essas substâncias atrapalham a regulação dos hormônios da tireóide (que afetam o metabolismo e o desenvolvimento do cérebro), a síntese de testosterona (diminuindo a contagem de espermatozóides) e ação do estrógeno (causando início precoce da puberdade).

A exposição ao triclosan também é associada ao enfraquecimento de músculo do coração e dos músculo esqueléticos. Em pesquisa da Universidade da Califórnia em Davis, peixes expostos ao triclosan no ambiente aquático eram incapazes de nadar corretamente. E ratos tiveram redução de 25% nas contrações dos músculos do coração 20 minutos após terem sido expostos a uma pequena dose.

Além disso, algumas pesquisas sugerem que os aditivos podem contribuir para a resistência aos antibióticos, um problema crescente de saúde pública.

Para piorar, a maioria destes produtos vai parar no esgoto, atingindo cursos de água e sendo transportados amplamente por todo o ambiente.

Triclosan é um dos produtos químicos mais frequentemente detectados em riachos em todo os EUA e ambos, triclosan e triclocarban, são encontrados em altas concentrações nos sedimentos de lodo de esgoto, onde podem persistir por décadas.

REGULAÇÃO
Nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) e a Agência de Proteção Ambiental (EPA) estão revendo o uso e os efeitos desses compostos.

Recentemente, Minnesota se tornou o primeiro estado americano a aprovar uma proibição sobre o uso de triclosan em determinados produtos; a lei entrará em vigor em janeiro de 2017.

Algumas empresas, como a Johnson & Johnson e Procter & Gamble anunciaram que estão retirando o composto de alguns produtos.

No Brasil, o triclosan é regulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A concentração máxima permitida é de 0,3% em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Não há, contudo, qualquer tipo de recomendação de limitação ou condições de uso.

Já o triclocarban consta na lista de substâncias que os produtos de higiene pessoal e cosméticos não devem ter, salvo algumas exceções - ele pode aparecer em produtos destinados a serem enxaguados em uma concentração máxima no produto final de 1,5%.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/sabonete-outros-bactericidas-podem-trazer-risco-saude-795618.shtml?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lindo vídeo!


Fragility Fracture Network lança novo site


A Fragility Fracture Network (FFN) lançou um novo site - http://www.fragilityfracturenetwork.org. Rede internacional criada em 2011, a FFN é composta por representantes da Inglaterra, Austrália, Brasil, Espanha, Alemanha, Itália, Canadá, Japão, Líbano, Estados Unidos, Índia, Suécia, Áustria e Nova Zelândia.

O grupo tem por objetivo garantir que as pessoas acometidas de fraturas por fragilidade, devido à osteoporose e outras doenças ósseas recebam manejo adequado, desde prevenção de episódios ao tratamento, bem como gestão de acompanhamento incluindo a reabilitação e mudanças de estilo de vida, tais como a melhoria da nutrição e exercício físico, com finalidade de melhorar a saúde de pacientes e para a prevenção de novas fraturas.

Neste ano esteve no Brasil à convite da SBGG como palestrante do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG 2014), realizado em Belém do Pará, o presidente da FFN, o professor David Marsh (University College of London). Na ocasião o especialista apresentou dados sobre quedas e fraturas de fragilidade.


ONU registra aumento da expectativa de vida no Brasil

A expectativa de vida no Brasil aumentou 17,9% entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos. O avanço foi apontado no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o crescimento foi possível em razão das medidas de combate à desnutrição, redução da mortalidade materna e infantil, ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, melhoria do atendimento às mães e bebês, enfrentamento das doenças crônico-degenerativas e das chamadas mortes violentas, entre outras ações na área de atenção básica e urgência e emergência.

O ministro comentou a diferença na melhoria de indicadores de saúde, educação e renda. “Partimos de um cenário de muita desigualdade. Se olharmos, por exemplo, a mortalidade infantil, fizemos uma redução de 70% entre 1980 e 2012. No entanto, ela não reduziu igual. A queda foi maior no Norte e no Nordeste, onde era muito mais acentuada. E isso acaba acontecendo em praticamente todas as situações. Se tivéssemos partido de um patamar mais homogêneo do país, talvez a capacidade de resposta das políticas públicas pudesse também acompanhar um ritmo mais homogêneo”, avaliou.

O relatório colocou o Brasil na 79ª posição do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 187 países, com um valor de 0,744 (categoria de Alto Desenvolvimento Humano). Entre 1980 e 2013, o valor do IDH do Brasil aumentou 36,4%. O índice está acima da média de 0,735 para os países do grupo de Alto Desenvolvimento Humano e acima da média de 0,740 para os países da América Latina e Caribe.

Também houve crescimento na expectativa da vida nos últimos anos: em 2010, a estimativa era de 73,1 anos, já no ano passado passou para 73,9 anos. Os resultados seriam ainda melhores se o PNUD utilizasse dados atualizados para a elaboração do relatório. A instituição internacional usou uma projeção de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para chegar ao índice de 73,9 anos. Caso considerasse as estatísticas de 2013, já disponibilizados pelo IBGE, a esperança de vida ao nascer seria de 74,8 anos. Se fossem considerados esses números a outros dados defasados, como o de escolaridade, o país sairia da 79ª posição para a 67ª.

De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, mais importante do que analisar o posto no ranking é considerar o verdadeiro IDH do país. “A gente passaria de 0,744 para 0,764, que é o avanço real, como está o Brasil hoje. Vários países têm seus indicadores com estatísticas atualizadas, similares às brasileiras, que estavam disponíveis e podiam ser utilizadas. O Brasil vem se esforçando em melhorar essa captação de dados por organismos internacionais. Não estamos tratando de dados alternativos ou não reconhecidos”, afirmou.

O relatório mostra que as desigualdades no Brasil estão diminuindo. O IDH do Brasil ajustado à desigualdade (IDHAD) ficou em 0,542 em 2013, com uma perda de 27% em relação ao IDH. Essa perda vem caindo ao longo dos últimos anos: era de 29,6% em 2006. Das três dimensões analisadas no IDHAD, a desigualdade na expectativa de vida ao nascer é a menor, com um índice de 14,5%, seguido da desigualdade na educação (24,7%) e da desigualdade na renda (39,7%).

Para o ministro da Educação, Henrique Paim, o relatório mostra que, em relação à expectativa de anos de estudo, o Brasil está melhor que os outros membros do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) e nações vizinhas, como o Chile. “Isso revela que há um esforço do país do ponto de vista de inclusão, de melhoria da frequência escolar. Esse processo está reconhecido no relatório”, observou.

Avanços – Vários fatores contribuíram para o aumento da expectativa de vida no Brasil. Entre 1996 e 2006, o país reduziu pela metade o índice de desnutrição infantil – passou de 13,4% para 6,7%. Entre as ações de combate à desnutrição, destacam-se a expansão da oferta de doses de vitamina A e de sulfato ferroso, além da melhoria da vigilância nutricional em municípios com índice de desnutrição superior a 10%. Além disso, um estudo do Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome apontou que a desnutrição crônica caiu 51,4% entre as crianças do Bolsa Família em cinco anos – passando de 17,5% para 8,5% entre 2008 e 2012.

Outro ponto forte foi a imunização da população. Atualmente, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos (25 vacinas, 13 soros heterológos e quatro soros homólogos) distribuídos em 34 mil postos vacinação. Desde 2010, foram incluídas novas vacinas para proteger a população, como a meningocócica C conjugada, tetraviral e a contra o vírus HPV.

Já o Programa Farmácia Popular disponibiliza 113 itens (entre medicamentos e produtos de saúde) na rede pública e 25 em drogarias particulares. Desde 2011, mais de 26 milhões de pessoas já foram beneficiadas. Além dos itens gratuitos para tratamento de diabetes, hipertensão e asma, os demais produtos podem ter até 90% de desconto na compra. Para idosos, também são disponibilizadas fraldas geriátricas.

Houve ainda redução de 82,2% do risco de morte devido a aborto e ampliação da estratégia Rede Cegonha, implantada em 2011 para incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mães e filhos, desde o planejamento reprodutivo até o segundo ano de vida do filho. A Rede Cegonha tem garantido atendimento de qualidade a 2,6 milhões de gestantes pelo SUS em 5.488 municípios.

Para atendimentos de urgência e emergência, a rede de assistência do SUS conta com 269 unidades de referência habilitadas em alta complexidade em traumatologia e ortopedia; 333 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionando – 243 delas construídas com recurso do governo federal; e 3.182 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), que cobrem 146.286.020 habitantes (72,76% da população).

Ações – Com o objetivo de prevenir e reduzir em 2% ao ano mortes prematuras (30-69 anos) por Doenças Crônicas Não Transmissíveis, o Ministério da Saúde tem buscado melhorar indicadores relacionados ao tabagismo, álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade. Desde o seu lançamento, em 2011, até 2012 a meta foi superada - com redução de 3% das mortes. Na ultima década, com a melhoria de indicativos da saúde, o percentual de redução foi de 20%.

“Ao mesmo tempo em que a gente consegue um enfrentamento muito considerável em relação ao tabagismo, nós temos dificuldade em relação à obesidade e ao sedentarismo, que são fatores importantes para doenças crônicas. Nós vamos ter que trabalhar cada vez mais e ampliar o acesso para que as pessoas possam ter diagnóstico e tratamento precoce às enfermidades”, comentou o ministro.

Outra prioridade é reduzir as mortes no trânsito, sobretudo de motociclistas. Para isso foi lançado, em junho de 2010, o projeto Vida no Trânsito, que prevê repasse de recursos para melhoria dos sistemas de informações e ações educativas. Hoje em dia, a ação está presente em todas as capitais, no Distrito Federal e nos municípios de Guarulhos (SP), Campinas (SP), São Gonçalo (RJ), São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu (PR).

Fonte: Agência Saúde
http://blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34202-onu-registra-aumento-da-expectativa-de-vida-no-brasil

sábado, 9 de agosto de 2014

Menina com atrofia muscular supera previsão médica e vira filme


Íris Oliveira tem nove anos e um sorriso encantador. Apesar da pouca idade, já registra uma história de obstáculos e conquistas. Em 28 de setembro, vai chegar ao décimo aniversário, sete anos a mais do que a previsão que teve ao completar 1 ano e dois meses, quando foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME), doença das células que leva à fraqueza e à atrofia muscular com prejuízo de movimentos voluntários, como segurar a cabeça, sentar e andar.

De presente, ela também ganha um curta-metragem, que relata um pouco de sua história de vida.

Nascida em Curitiba, Íris mora em Uberlândia, no interior de Minas Gerais, desde os dois anos. Os pais, a artista plástica Aline Giuliani e o skatista profissional Ricardo Porva, descobriram a doença porque ela engatinhava, mas não andava nem conseguia ficar em pé sozinha.

"Achamos estranho e a levamos a uma neurologista bem conceituada em Curitiba. Ela nos deu o diagnóstico depois de alguns exames. A resposta foi dada da forma mais dura possível. Ela nos disse que Íris só sobreviveria até os três anos de idade. A atrofia a impossibilitaria de se desenvolver", conta a mãe.

O casal diz que foi difícil assimilar tudo o que a neurologista havia falado. "Para o Ricardo foi mais difícil. Ele ficou um mês fechado. Sem conversar direito e em uma tristeza de dar dó", afirma Aline. "Foi muito duro tudo o que a médica falou. Eu acreditei que minha filha poderia ir embora precocemente e tentava entender", explica Porva.

Foram então em busca de ajuda e de métodos para ajudar a filha a se desenvolver. Giuliani encontrou o apoio em outras mães, cujos filhos tinham a mesma doença. Ele buscou no esporte força para continuar lutando. Em 2006, quando Íris faria dois anos, ele foi campeão em um torneio na República Tcheca.


A primeira bicicleta
Íris fazia fisioterapia duas vezes por semana por orientação médica. Segundo Giuliani, os médicos tinham medo que ela sofresse fadiga muscular se fizesse muito esforço. "Mas um dia eu olhei para ela, com aquele sorriso todo e cheia de energia, e percebi que ela não podia ficar parada. Decidimos que ela tinha que se movimentar. Sempre que ela queria algo, nós a fazíamos engatinhar e buscar."

Assim, Íris ganhou a primeira bicicleta, aos três anos. Os pais amarravam os pés dela ao pedal da bicicleta com fita adesiva, seguravam suas pernas e a estimulavam a pedalar. "Sempre praticamos esportes. Não tinha motivos para ela ficar só com a fisioterapia", disse Porva.

Além da dificuldade de se locomover, Íris passou a sofrer com doenças respiratórias, comuns em crianças com atrofia muscular espinhal. Ela teve pneumonia e chegou a ficar internada na UTI. "Foram os quatro piores dias. Tive muito medo de que houvesse uma complicação maior e ela precisasse ficar mais tempo internada", conta a mãe.

O clima frio de Curitiba fazia com que Íris adoecesse com facilidade, por isso decidiram se mudar para Uberlândia, com clima mais estável. "Até hoje, se bate um ventinho, eu a agasalho. Tenho muito medo de vê-la doente."

Dois anos depois de se mudarem para o interior de Minas Gerais, Porva perdeu um patrocínio, ficou desempregado e o casal passou por dificuldades financeiras. "Eu me lembro que a Íris tinha um urso que ficava ao lado da cama. Era lá que o Ricardo guardava o dinheiro que ganhava nas competições. Quando chegou a esse período crítico, nós abrimos e contamos as notas. Pegamos tudo e demos de entrada na casa que moramos em Uberlândia", diz Giuliani.

Enquanto a mãe fazia artesanato, o pai começou a dar aulas de skate e fazer edição de vídeos para se manterem. "Nós poderíamos ficar sem luz, sem água, sem nada, mas a fisioterapia da Íris estava garantida", diz Giuliani.

Após uma reportagem, o Centro de Pesquisas Terapêutico em Curitiba propôs um módulo de fisioterapia intensiva para Íris. Mas eles teriam de arcar com os custos da viagem.

Rifas, bazares beneficentes e eventos ajudaram na arrecadação do dinheiro para garantir o tratamento. Ela vai a Curitiba pelo menos uma vez a cada seis meses. "Nós sempre nos esforçamos para dar a melhor condição de vida para a Íris. Ver o sorriso dela é a nossa recompensa", conta o pai.

Hoje, ela estuda em uma das melhores escolas particulares de Uberlândia, graças a uma bolsa integral que a família ganhou. Faz natação duas vezes por semana, vai a fisioterapia, faz artesanato e sempre que pode acompanha o pai nos treinos de skate. "Eu não me sinto uma criança diferente. Estudo, pratico esporte e estou sempre em contato com as outras crianças", diz Íris.

O filme
Toda essa história de lutas e conquistas virou um curta-metragem pelas mãos do cineasta Renato Cabral em um roteiro batizado de "Antes que os Pés Toquem o Céu". "Quando aquela menina nasceu, eles disseram que ela não viveria muito tempo. Mas as histórias de amor mais bonitas são mesmo aquelas que ninguém acreditava que poderiam durar", diz Cabral.

A ideia de fazer da história um roteiro de filme surgiu no início do ano, após Ricardo Porva procurar o cineasta para um projeto que contava sua jornada de atleta. "Nunca acreditei em um filme de skate, mas o conheci, me aproximei mais da sua família, conheci sua mulher e a Íris. E percebi que a luta daquela família para manter a menina Íris viva e vivendo nas melhores condições era, sim, uma história de amor única."

De uma forma poética e sensível, o curta retrata a importância de ser forte, inclusive na hora da morte. "Eu não queria falar sobre a doença, as dificuldades, o tratamento. Eu queria que o filme e sua mensagem fossem algo muito íntimo, quase um recado de um pai ou de uma mãe para sua filha, sussurrado ao pé do ouvido".

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/07/29/historia-de-crianca-com-deficiencia-vira-roteiro-de-filme.htm

Assista ao filme abaixo:

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Nível baixo de vitamina D eleva risco de demência, diz estudo


Idosos com grave deficiência de vitamina D correm maior risco de sofrer demência, de acordo com um estudo britânico.

Cientistas observaram 1.650 pessoas nos Estados Unidos com mais de 65 anos para a pesquisa, publicada na revista médica Neurology.

Este não foi o primeiro estudo a relacionar deficiência de vitamina D a demência, mas os seus autores dizem que é o mais completo e conclusivo.

Ainda assim, especialistas alertam que são necessários mais estudos para prescrever vitamina D como prevenção à demência.

A vitamina D é encontrada em peixes oleosos, comprimidos e através da exposição da pele ao sol.

No entanto, a conversão de vitamina D pela pele dos idosos pode ser menos eficiente, o que aumenta as probabilidades de sofrerem deficiência e dependerem das outras fontes.

Mais de 800 mil pessoas sofrem de demência no Reino Unido, e a expectativa é de que o número passe de 1 milhão até 2021.

'Surpreendente'

O grupo internacional de cientistas, coordenado por David Llewellyn, da universidade Médica de Exeter, observou os pacientes por seis anos.

Nenhum deles sofria de demência, doenças cardiovasculares ou derrames no início do estudo.

Ao seu final, 1.169 pacientes com níveis satisfatórios de vitamina D tinham uma chance em 10 de desenvolver demência. Setenta estavam com deficiência grave e tinham uma chance em cinco de sofrer do mal.

"Já esperávamos encontrar uma relação entre baixos níveis de vitamina D e o risco de demência e Mal de Alzheimer, mas os resultados foram surpreendentes. Descobrimos que a associação é duas vezes maior do que se esperava", afirmou o doutor Llewellyn.

Mesmo assim, ele disse que mais estudos são necessários para estabelecer com segurança que o consumo de alimentos ricos em vitamina D ou suplementos podem "retardar ou até prevenir" o início do Mal de Alzheimer e de demência.

"Precisamos ter cautela neste estágio inicial, já que os nossos últimos resultados não demonstram que baixos níveis de vitamina D causam demência."

Mas o médico disse também que "os resultados são muito encorajadores" e que mesmo que poucas pessoas possam se beneficiar disso, o impacto sobre a saúde pública poderia ser "enorme", diante do "custo devastador" da demência.



Conheça médico que salvou 50 milhões de vidas com receita caseira


Norbert Hirschhorn teve papel-chave na definição das medidas certas do soro caseiro, considerado "o avanço médico mais importante" do século 20

A fórmula, hoje, é mundialmente conhecida: uma solução simples de açúcar, sal e água. Uma mistura que pode ter salvado até 50 milhões de pessoas.

Encontrar um equilíbrio entre esses elementos foi o feito essencial dela, e o médico Norbert Hirschhorn teve um papel-chave na descoberta das medidas certas na preparação do soro caseiro.

Um caso emblemático: depois de dois dias sofrendo diarreia, um bebê egípcio de três meses não tinha forças nem para levantar a cabeça e mamar no peito da mãe.

Médicos temiam pelo pior: a diarreia grave é uma das principais causas de morte em países em desenvolvimento.

Com um tratamento simples, pouco mais de quatro horas depois ele estava bem o suficiente para retomar a amamentação - tudo graças a uma solução barata de açúcar e sal.

Hirschhorn descreve a transformação causada pela terapia de reidratação oral como incrível.

"Você entra em uma sala e a criança ou o adulto está perto da morte. Eles têm olhos fundos, respiram acelerado, a pele e as unhas estão azuladas", conta.

Ver alguém se recuperar é "como ver Lázaro voltar dos mortos - um milagre", diz ele.

Medida certa

Hirschhorn se envolveu em pesquisas sobre terapia de reidratação oral em 1964.

Ele prestava serviço militar nos Estados Unidos no serviço público de saúde e foi enviado para o que é hoje Bangladesh, que padecia de uma grave epidemia de cólera.

A cólera causa diarreia grave e pacientes rapidamente perdem muita água e sais. Os infectados ficam extremamente desidratados e podem entrar em choque e morrer em poucas horas.

Na região, até 40% dos moradores que não tratavam cólera estavam morrendo.

À época, o tratamento de reidratação era administrado por via intravenosa no hospital. Era caro, e muitas vezes, inalcançável para os que mais precisavam dele.

O objetivo era encontrar uma maneira de dar o tratamento por via oral e assim ajudar muito mais gente.

Outros haviam tentado no passado encontrar o equilíbrio certo de açúcar, sais e água para um tratamento oral. Hirschhorn trabalhava com o capitão Robert Phillips, que havia tentado ele próprio, sem sucesso, sua própria mistura anos antes. Vários pacientes morreram durante os testes.

Phillips estava muito receoso em deixar Hirschhorn realizar sua própria pesquisa.

"Ele já havia tentado a solução quando estava na Marinha em Taiwan e nas Filipinas, mas não acertou na medida, que era muito concentrada, e piorou as coisas", disse Hirschhorn.

O trabalho de Hirschhorn se baseou nos estudos de Phillips e de outro colega, David Sachar. Sachar havia mostrado que o corpo poderia transportar sódio assim que glicose fosse adicionada - algo fundamental no combate à desidratação.

Mas a medida correta era fundamental: a quantidade maior ou menor de qualquer um dos ingredientes poderia fazer com que a solução não apenas não funcionasse, mas causasse danos mais graves.

"As proporções são cruciais. Para obter a absorção ideal de água, você precisa da mesma quantidade de glicose e sódio", disse Hirschhorn.

Foi um estudo pequeno, de apenas oito pacientes, no qual a terapia de reidratação foi aplicada usando uma sonda nasogástrica, que provou que a combinação funcionava.

No hospital e em casa

Hirschhorn disse que havia descrença de que uma mistura tão simples pudesse ser tão eficaz. "Sua simplicidade era sua própria inimiga. Levou muito tempo, muito tempo para convencer os pediatras de que fosse segura."

A publicação científica Lancet descreveu a terapia de reidratação oral como "potencialmente o avanço médico mais importante" do século 20.

O Unicef, fundo da ONU para infância, disse que nenhuma outra inovação médica do século "teve o potencial de evitar tantas mortes em um curto período de tempo e custo tão pequeno".

Agora, a eficácia é mundialmente conhecida e usada por médicos em clínicas e em casas por pais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que a diarreia é a segunda principal causa de morte de crianças menores de cinco anos, responsável pela morte de cerca de 760 mil crianças por ano.

E qual é a sensação de saber que seus esforços ajudaram a salvar mais de 50 milhões de pessoas?

Hirschhorn conta a história de uma viagem ao Egito, muitos anos depois de seu trabalho clínico.

Durante uma conversa com um taxista, descobriu que o filho dele havia sido salvo por reidratação oral quando criança. O garoto cresceu para virar um jovem estudante, realizando seus próprios estudos científicos nos EUA.

"Essa troca", diz Hirschhorn, ainda visivelmente emocionado, "teve um impacto grande em mim, tanto quanto todas as estatísticas juntas".

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2014/08/04/conheca-medico-que-salvou-50-milhoes-de-vida-com-receita-caseira.htm

terça-feira, 5 de agosto de 2014

SIGG - Simpósio Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia da UNIFESP - 22 e 23 de agosto de 2014





Simpósio Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia da UNIFESP
Data: 22 e 23 de agosto de 2014
Local: Hotel Matsubara – Rua Coronel Oscar Porto, 836 – Paraíso – São Paulo/SP

Inscrições: http://proex.unifesp.br/eventos/eventos14/sigg/index.php/inscricao

http://proex.unifesp.br/eventos/eventos14/sigg/

Depois de amputação de braços e pernas, jovem lança livro de superação


Pedro Pimenta era saudável, estudioso, esportista e baladeiro, como todo adolescente de 18 anos. Em 2009 ele foi internado e diagnosticado com meningococcemia - infecção generalizada causada por uma bactéria. Os médicos deram 1% de chance de sobreviver. Pedro conseguiu, mas amputou os quatro membros - os braços, acima do cotovelo, e as pernas acima do joelho. Dez meses depois nunca mais sentou numa cadeira de rodas, mora sozinho na Flórida, Estados Unidos, onde faz faculdade de economia, e acaba de lançar o livro Superar é Viver (Leya). "Essa bactéria não é rara e nosso corpo a elimina, mas o meu sistema imunológico estava muito baixo", explica Pedro. No hospital, ele ficou em coma induzido por uma semana e, quando acordou ouviu e viu a notícia. "Quando abri os olhos meus braços e pernas estavam gangrenados. Num dia sou um cara de 1,80 metros, no outro meus membros estavam apodrecidos. Foi um choque", afirma ele, que teve que fazer enxertos tirando pele da barriga e colocando nas pernas. Mas nada desanimou o rapaz. "Quando acordei do segundo coma perguntei sobre o show do AC/DC que teria em São Paulo. Minha família já tinha comprado ingressos duas semanas antes. Consegui a liberação do meu médico para ir de ambulância e voltar imediatamente - isso dois meses depois da cirurgia. Isso me deu mais energia para suportar o resto", diz Pedro.

"Fui condenado a uma vida na cadeira de rodas, sem ter independência. Uma das coisas que me ajudou muito foi estudar música eletrônica no hospital no computador - eu conseguia mexer com os restos dos braços. Até ganhei um concurso internacional de remixes. Por isso não tive depressão, porque tracei metas para manter minha cabeça distraída". Sua 'nova vida' com próteses começou em 2010, seis meses depois de sair da internação. "Comecei a assistir à vídeos de amputados que andavam uma barbaridade. No fim, sempre via a logotipo de uma empresa - poxa, eu sou um baita cliente para uma empresa de próteses. Conheci o vice-presidente da empresa e comecei a fazer um tratamento em Oklahoma (EUA), para ex-soldados feridos do Iraque e Afeganistão que viviam sem cadeira de rodas. Ele me disse: 'você tem que se adaptar o mundo e não o contrário'. Isso mudou minha vida. Foi um treinamento bruto e saí de lá muito mais forte. Desde dezembro de 2010 não uso mais cadeira de rodas. Se você quer chegar a esse nível tem que ser uma pessoa regrada, porque gastamos cinco vezes mais energia do que uma pessoa normal para andar", diz ele.

Quando entrava num restaurante ou lugares públicos fazendo tudo sozinho, as pessoas olhavam para Pedro com ar de admiração e foi assim que começou a receber convites para dar palestras. Em 2012 se mudou para a Flórida para fazer faculdade de economia, conseguiu uma namorada, dirige carro sem adaptação, escova os dentes, faz sua própria comida, enfim, vive uma vida normal. "No início eu colocava minhas próteses em 40 minutos, hoje consigo em cinco minutos. Cheguei num nível de independência que não poderia imaginar", diz ele, que vê mais problema em subir escadas e não em encontrar namoradas. "Arrumei uma namorada muito rápido e isso é como você se enxerga, tendo ou não mãos e pernas", afirma. O que mais mudou dentro de você? "Hoje sou um cara mais atento às dificuldades alheias, ao sofrimento do outro. Quero fazer algo filantrópico porque tenho muito prazer quando sirvo de mentor a outro amputado. Isso para mim é uma missão de vida, servir de exemplo positivo para as pessoas. Na minha casa não tem nada adaptado, lavo, cozinho, limpo a casa e, em vez de ficar desesperado e mandar tudo para o inferno, quebrei tudo em desafios pequenos. Uso a mentalidade para me considerar um cara normal e dizer não às adaptações. Nunca fiz terapia na vida. Sou muito teimoso, mas acredito que quem resolve meus problemas sou eu mesmo", diz.

Trechos do livro:

“Neste livro vou contar minha história de vida: como um garoto paulista de classe média, que como tantos outros ainda não tinha definido que carreira seguir, sofreu uma terrível fatalidade, aprendeu a encarar as consequências e se tornou um homem que supera suas dificuldades com determinação e trabalho duro. Mas não se engane: apesar do curto espaço de tempo — pouco mais de quatro anos — esse foi um processo árduo repleto de momentos de medo, insegurança e muita dor. Encaro meus braços e pernas como ferramentas que perdi. Elas foram substituídas por outras que não funcionam tão bem, mas que me possibilitam fazer quase tudo que fazia antes. De modo diferente, mas que de forma alguma condicionam a minha felicidade”.

“Não há nada mais compensador que testemunhar a transformação das personalidades ao fim do trabalho, saber como fui importante para mudar suas mentalidades. Minha vida é uma luta diária, acompanhada sempre pela dor. Não mato um leão, mas um zoológico por dia. Em vez de me entregar à tristeza, penso em como posso dedicar ainda mais tempo e esforço para avançar com meus projetos e planos”.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2014/08/depois-de-ter-bracos-e-pernas-bamputadosb-jovem-lanca-livro-de-superacao.html

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Jogador do Indiana Pacers, Paul George, sofre fratura na perna durante amistoso.

Na última sexta, dia 01/08, o ala Paul George, do Indiana Pacers, sofreu uma fratura na perna durante amistoso da seleção norte-americana, em Las Vegas.

O lance ocorreu já no último quarto da partida, disputada por atletas da própria seleção dos Estados Unidos. Paul George tentou bloquear uma bandeja efetuada por James Harden, mas caiu de mau jeito e sofreu a fratura da tíbia e fíbula.

A impressionante lesão fez com que jogadores e torcedores norte-americanos ficassem chocados. Minutos após a paralisação, o técnico Mike Krzyzewski anunciou que não havia mais clima para continuar a partida e encerrou o amistoso.

Grandes nomes do basquete norte-americano utilizaram suas contas nas redes sociais para prestar solidariedade a George.

O jogador já passou por cirurgia. O tempo de recuperação ainda não foi definido, no entanto, médicos estimam que o jogador fique de seis meses a um ano afastado das quadras, provavelmente perdendo toda a próxima temporada da liga americana de basquete.

Abaixo, o vídeo da lesão impressionante:



Entrevista Paulo José - " Carrego o Parkinson no palco e na vida há 20 anos"


Entrevista publicada em dezembro de 2013.

Já lá se foram 20 anos! Era final de 1993, e eu jamais poderia acreditar que chegaria ao século XXI carregando esse Parkinson comigo. O mal de Parkinson foi descrito pela primeira vez por James Parkinson, em 1817. Ele se caracteriza pela falta de dopamina, um neurotransmissor produzido na substância nigra do cérebro, cuja ausência é responsável por discinesias, movimentos involuntários dos braços, pernas e cabeça, além de tremores. Há perda de expressão do rosto e da voz, sensação de carregar mais de 20 quilos em cada pé, mão trêmula de pedinte, cara de bobo ou de jogador de pôquer, redução na potência vocal, falta de equilíbrio e visão dupla. Enfim, uma doença degenerativa e incurável que pode ser de origem genética ou ambiental, não se sabe bem de onde vem, mas sabe-se para onde vai. É um prato cheio de sintomas que só tendem a piorar, principalmente quando se tem uma vida sem rotina.

Falta de rotina é da natureza do ofício de ator de teatro. O teatro é uma atividade noturna. O jantar ocorre só depois do espetáculo, vai-se dormir lá pelas 2 ou 3 horas da manhã e, quando as outras pessoas descansam, nos finais de semana, é quando mais se trabalha. O cinema também é assim. A atividade começa às 4 ou 5 horas da manhã, para tirar proveito da luz do sol. O filme é rodado das 7 horas da manhã às 6 horas da tarde. Isso sem falar das noturnas, que acabam às 6 horas da manhã. E tem ainda aquela participação na TV, com gravações externas de manhã e à noite. Com essa não rotina, nosso médico vem falar em vida saudável – a que horas, meu Deus do céu?!

Hoje já fumei dois cigarros. Quando tenho de dar uma entrevista, fico muito ansioso. O cigarro me acalma. Como diria o Mario Quintana: “Fumar é uma maneira disfarçada de suspirar”. Há 15 anos, recebi outro diagnóstico, de enfisema pulmonar. Não é câncer, mas mata. O pulmão enrijece, acaba-se sem ar. Fumo pouco, cinco cigarros por dia, no máximo. Às vezes, nenhum.

Descobri que tenho Parkinson em 1993. Estava fazendo um Você decide especial. Quis encerrar o ano com um superprograma, com orquestra sinfônica e três finais para o público decidir qual iria ao ar – normalmente, eram dois finais. Superestimei minha capacidade como diretor. Era um programa cheio de música clássica – Brahms, Beethoven, Mozart, Mahler –, executada pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Tudo era grandioso. Foi uma edição complicadíssima que me consumiu três dias e três noites, sem sair da ilha de edição. Entreguei a versão final uma hora antes do início do programa. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Menos o comandante, que afundou com o navio, proferindo suas últimas palavras: “My kingdom for a horse. White Horse… on the rocks” (uma brincadeira com o uísque White Horse e o trecho famoso, de Ricardo III, de Shakespeare: “Meu reino por um cavalo”). Alguém me deu um copo com uísque para comemorar. Ao primeiro gole, fiquei tonto e desmaiei. Me recuperei, fui para casa e, no dia seguinte, dormi 22 horas seguidas. Ao acordar, fui tomar o café da manhã. Meu corpo não obedecia a meu cérebro. Minhas mãos não faziam coisas simples como passar manteiga no pão ou escovar os dentes.

Recebi o diagnóstico  e me lembrei da  frase de Dante Alighieri, escrita na porta do Inferno, em A divina comédia: “Deixai toda  a esperança,  vós que entrais”
Fui parar num neurologista. O mal de Parkinson não aparece visualmente nos exames. É um diagnóstico por eliminação. Se não tem coágulo, não tem tumor, não tem nada, mas tem enorme dificuldade para meter a bola cinco na caçapa do meio, então… tem Parkinson. Recebi uma receita para tomar dois medicamentos. Perguntei: “Até quando?”. Ele fez uma pausa e disse: “Para toda a vida!”. Depois de um silêncio, falou como se batesse o último prego em meu caixão: “Você tem uma doença degenerativa, progressiva e irreversível”. Não havia o que dizer. “Lasciate ogni speranza voi che entrate”, frase de Dante Alighieri escrita na porta do Inferno. Significa: “Deixai toda a esperança, vós que entrais”. Me dei conta de que o médico também estava diante de uma enfermidade degenerativa, progressiva e irreversível: a velhice e a morte. “Todos temos essa doença, a decadência que começa antes dos 30”, consegui dizer.

Descobrir a doença não foi um choque. Sabia que ninguém morre de Parkinson, se morre com Parkinson. E ainda não tinha noção da gravidade. Com o tempo, os sintomas tornaram-se mais fortes. O enrijecimento geral, a perda de movimento. As pessoas mudaram comigo. Queriam me proteger. Ficaram com pena. Isso nunca me incomodou. Sou um sobrevivente. Tenho muita sorte por ter gente que gosta de mim.Tenho de ser grato por isso. E sou.

Sempre tive apoio da família, da minha mulher, Kika, dos meus filhos e dos meus pais (que ainda viviam no começo da doença) e de meus colegas, a começar pelo Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, na época vice-presidente da TV Globo). Este, isso era proverbial, não podia ver ninguém doente sem querer ajudar. Me chamou em sua sala, pegou um livro grosso, um Who is who da medicina. Ficou procurando no índice “par, par, Parkinson”. Por fim, disse: “O melhor lugar para tratar seu caso é o Instituto Presbiteriano, em Nova York. É para lá que você vai, falar com o médico Stanley Fahn. A Globo arrumará tudo”. O Boni mandou, eu obedeci. Nunca foi tão rápido tomar uma decisão. Era o Método Boni em ação. Fui muito bem tratado. Fiz toda a sorte de exames e voltei disposto a me cuidar.

Comecei a me tratar com o médico James Pitágoras. Ele monitorava a medicação de acordo com meu estado geral. Se você passa a tomar mais de um medicamento forte, tem de tomar outro para minimizar os efeitos nocivos do primeiro. Tem um ponto em que há a síndrome do uso prolongado do medicamento. Quando isso ocorre, ele começa a te dar justamente aquilo que pretendia atacar. Ficava com os sintomas do Parkinson mais aguçados. Ainda tenho problemas de equilíbrio. A medicação mexeu muito com minha libido. Ora ficava exacerbada, ora sumia. Tudo isso você vai ajustando enquanto toca a vida. “É com o andar da carroça que se ajeitam as melancias.”

Já passei diversos vexames por causa do Parkinson. Há dez anos, fui convidado para participar do programa de entrevistas Roda viva. Ficaria exposto em cadeia nacional. Fiquei nervoso. Então, fiz um coquetel de Levodopa (a principal medicação para tratamento do Parkinson) com um relaxante. O tiro saiu pela culatra. Fiquei com os movimentos mais acentuados. Perdi o controle da mão direita. O cartunista Chico Caruso desenhava o entrevistado. Ele me fez com seis mãos, parecia um polvo com cabeça de homem, de tanto que mexia os braços. Consegui dar a entrevista. Mas fiquei muito chateado.

Quando o efeito da medicação diminuiu, James Pitágoras me recomendou um novo tratamento. A novidade trazia os riscos de toda cirurgia com pequeno histórico. Fui parar num mestre em abrir cabeças, o Paulo Niemeyer Filho. Ele abriu a minha e colocou lá dentro uma espécie de marca-passo, conhecido como DBS, Deep Brain Stimulation (estimulação profunda do cérebro, na tradução do inglês). Niemeyer e sua equipe não me cobraram nada. A Globo cobriu a maior parte dos tratamentos.

Tive depressão muitas vezes. Houve um tempo em que tinha medo de dormir e não acordar. Às vezes, tenho medo de morrer. Não estou num daqueles momentos terríveis. Mas tampouco este é um período fácil. Quando acordo, tenho de fazer uma escolha. Decido sair da cama. Hoje será um dia melhor. Ao me deitar, não penso se o dia foi mesmo melhor. Só penso: “Amanhã será um outro dia”. Assim, sigo trabalhando e vivendo dia por dia.

“Nos últimos 20 anos, dirigi dez peças, participei de 19 filmes e 18 programas  de TV, entre  séries e novelas.  Em todos esses trabalhos, o Parkinson estava lá” (Foto: Bazilio Calazans/TV GLOBO)
Sempre trabalhei muito. Não me lembro de como é não ser ator. Comecei teatro amador na adolescência. Dos cinco irmãos, fui o único que se tornou vagabundo profissional. Minha mãe era uma espanhola, fluente em francês e professora de língua portuguesa. Era a pessoa que mais sabia poesias de cor. Meu pai, um engenheiro gaúcho que se formou no Rio de Janeiro. Fui criado entre gauchadas e poesia, entre Bagé e Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul.

Quando decidi largar a faculdade de arquitetura, no 3o ano, foi um alvoroço em casa. Havia anos, eu fazia teatro amador. Percebi que tinha de tomar uma decisão: ou largava o teatro, ou ficava nessa mesmice amadora, meio artista, meio engenheiro. O coração falou mais alto. Contei para minha mãe que decidira ser ator. Ela disse: “Tu tens certeza, Paulo?”. Foi falar com meu pai. Ele me chamou. “Tu queres largar a faculdade?” “Sim, quero”, respondi. “Tu queres ser ator?” “Sim, quero”, continuei, com firmeza apreensiva. “Já estás decidido, não adianta argumentar?”, disse ele, bem sério. Diante da minha confirmação, sentenciou: “Então, vai embora daqui. Vai morar em outro lugar”, falou baixo e com firmeza. Senti que não tinha mais lugar na casa paterna. A grande surpresa – que me enche os olhos até hoje – estava reservada para o final. Já saindo da sala, parou e concluiu em tom quase secreto: “Tu vais morar no Rio de Janeiro ou em São Paulo”. Depois de uma breve pausa, arrematou: “E eu te ajudo”. Como se pode ver, sempre tive muita sorte.

Me casei quatro vezes. Tenho quatro filhos e dois netos. Meus primeiros três casamentos foram com atrizes: Dina Sfat, Carla Camuratti e Zezé Polessa. Estou há 15 anos casado com a Kika Lopes (figurinista e cineasta), que trouxe um filho já pronto para nosso casamento, o Tiago. A Dina Sfat é mãe das minhas três filhas: a Bel, a Ana e a Clara Kutner. Fiquei com ela por 14 anos. Dina era judia. Ela não frequentava as tradições, mas as tradições sempre a frequentaram. Então, também fui judeu por 14 anos. Meu quarto filho, o Paulo Henrique, é filho de Bethy Caruso.Como o filho, ela mora em São Paulo. Sempre estive com alguém. Gosto muito do casamento. Tanto que me casei quatro vezes.

Com a minha profissão também é assim. Estou sempre envolvido. Nunca parei de trabalhar. Nos últimos 20 anos, dirigi dez peças, participei de 19 filmes e 18 programas de TV, entre séries e novelas. Dirigi mais de 200 comerciais. Em todos esses trabalhos, o Parkinson estava lá. Ele tem sido meu companheiro de palco, de estúdio, de vida. Para atuar, fico extremamente calmo. Sei as falas, o que vai acontecer e tenho serenidade para encontrar soluções para quando fico com a mão boba. Todos os dias faço duas sessões de fisioterapia, aulas de voz, toco piano para exercitar os dedos, nado e tomo remédios, muitos, cinco vezes ao dia. Além do controle dos movimentos, minha luta agora é para preservar a voz, que já me rendeu um bocado de grana, mas está um lixinho.

No ano que vem, estarei na próxima novela de Manoel Carlos. Vai me ocupar de fevereiro a setembro. Ainda neste ano tenho alguns projetos para finalizar. Estou reescrevendo o curso de direção e atuação que criei na Globo em 1998. Sigo em breve para o Rio Grande do Sul com a peça que dirigi, Murro em ponta de faca. E trabalho na seleção de narrações para um audiolivro de poesias. Hoje, esses projetos são suficientes para me manter ocupado e não pensar na marvada.

O mais importante é que nunca deixei de ser bobo. Para citar nossa escritora (Clarice Lispector): “Ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem sabe que venceu. É quase impossível resistir ao excesso de amor que o bobo provoca… O bobo é capaz de excesso de amor e só o amor faz o bobo”.

Fonte: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/12/bcarrego-o-parkinsonb-no-palco-e-na-vida-ha-20-anos.html


Matéria Folha - "Estamos criando analfabetos motores"

Ótima matéria! Nesse mundo super tecnológico de hoje em dia, as crianças pequenas não aprendem a desenvolver suas habilidades motoras! Os pais precisam participar da vida e do desenvolvimento neuro psico motor de seus filhos desde pequenos, estimulando o toque, a experimentação, brincadeiras simples, movimentos corporais, pular, correr, andar de bicicleta, soltar pipa... As crianças precisam voltar a ser crianças!!!



Caminhada pode amenizar sintomas da doença de Parkinson



Caminhadas regulares podem melhorar funções motoras, humor, cansaço, condicionamento físico e alguns aspectos das habilidades mentais de pessoas com doença de Parkinson, em gradação leve a moderada. A constatação foi obtida em estudo realizado por pesquisadores da Universidade Iowa, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Neurology.

De acordo com a pesquisa, uma caminhada rápida melhora a função motora e o humor em 15%, a atenção em 14% por cento, reduz o cansaço em 11% e aumenta o condicionamento físico e aeróbico em 7%. No teste de função motora, os participantes melhoraram a uma média de 2,8 pontos, que é considerado uma diferença clinicamente importante.

Portanto, o estudo indica que pessoas que possuem a doença, em gradação leve a moderada, que não têm demência e são capazes de caminhar de forma independente, podem seguir as orientações de exercícios recomendados para adultos saudáveis com segurança o que, segundo os pesquisadores, inclui 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada.

Fonte: SBGG - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Contrariando todos os prognósticos, pai portador de ELA acompanha sua filha ao altar


O pai da americana Lindsay Nieto foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) quando ela tinha 15 anos de idade, o que a fez se acostumar com a ideia de que ele nunca a levaria até o altar no dia em que se casasse.

Porém, dez anos depois, Augie Nieto, 56, estava ao lado de sua filha durante todo o caminho quando ela casou-se com Chris Williams, 28, na Califórnia, desafiando o prognóstico médio de dois a cinco anos de vida para aqueles diagnosticados com a doença.

Augie contou com o auxílio de um dispositivo de alumínio que permitiu que ele ficasse de pé durante a cerimônia, cheia de emoções.

 “Eu acreditava que ficaria olhando para o meu noivo quando estivesse caminhando até o altar, mas não conseguia olhar para mais nada além de meu pai”, disse Lindsay ao site today.com. “Eu estava simplesmente extasiada com o fato de ele estar de pé. O sol estava em seus olhos, e a única coisa que passava pela minha mente foi o quanto ele fez, e quão árduo ele trabalhou para poder estar ali, então eu comecei a chorar”.

 “Eu me sinto extremamente honrada por ele ter se preparado tanto para fazer isso por mim. Foi a coisa mais especial do mundo. Eu não tinha como me preparar para tamanha emoção”, continuou Lindsay.

Augie perdeu os movimentos de seus braços e pernas ao longo dos três primeiros anos após o diagnóstico, e não pode mais falar desde a traqueotomia à qual foi submetido há três anos. No entanto, ele se comunica digitando em um aparelho especial, no qual usa os pés, e ainda tem os movimentos de seus músculos faciais. Com os lábios, ele expressou as palavras “Eu te amo, e estou muito orgulhoso de você” para Lindsay, durante o casamento.

Augie era um empresário de sucesso do ramo de equipamentos de ginástica antes do diagnóstico. Atualmente, ele criou a fundação Augie’s Quest, com a qual arrecadou quase 40 milhões de dólares desde 2006 para ajudar a encontrar a cura da ELA, e é visto por muitos como uma inspiração.

Ter conseguido acompanhar sua filha de pé ao altar foi um bônus somado a toda sua luta, dado que as chances de que ele viveria tanto tempo para conseguir vê-la se casando eram extremamente remotas.

 “Isso é algo pelo qual me lamentei há muito tempo”, disse Lindsay. “Eu era egoísta, e tinha 15 anos, e só conseguia me perguntar ‘quem estará lá quando eu precisar do meu pai?’. A menos que eu me casasse com 18 anos, à época eu achava que ele não viveria até este dia”.

 “Desde então, me conformei que ele estaria lá em espírito. Mas não só ele estava lá fisicamente, como andou e me levou até o altar. E ele poderia ter ido de cadeira de rodas ou sendo carregado nas minhas costas, não importaria. Ele estava lá e esta foi a melhor parte”.

Lindsay acredita que seu jeito de ser e pensar, sempre positivos, foram os fatores determinantes para que ele conseguisse viver por tanto tempo após o diagnóstico, superando em muito a média dos pacientes de ELA.

 “Ele é cheio de vida. Quando ele foi diagnosticado pela primeira vez, a maneira como a doença era tratada pelos médicos era extremamente pessimista. Ele refletiu muito, e passou por um período de depressão. Mas então, como em um piscar de olhos, ele mudou completamente sua perspectiva, e passou a agir buscando ser o mais otimista possível a cada dia”, concluiu.


http://www.today.com/health/dad-als-walks-daughter-down-aisle-her-wedding-1D79887260

Paracetamol não é eficiente contra dores lombares, diz estudo - The Lancet



O paracetamol não é eficaz contra dores lombares, afirma um estudo que envolveu mais de 1.600 pacientes afetados por lombalgias agudas realizado na Austrália.

Os pacientes "tratados" com placebo apresentaram recuperação mais rápida - um dia em média - em comparação aos que tomaram paracetamol, um tratamento corrente contra esta "dor na parte inferior das costas", afirmam os autores do estudo, publicado nesta quinta-feira na revista médica "The Lancet".

Estes "resultados sugerem que o paracetamol não influi em nada no tempo de restabelecimento de uma lombalgia comum aguda" e "a prescrição universal do paracetamol para este grupo de pacientes levanta uma questão", destaca a equipe australiana que realizou o estudo.

O paracetamol também não tem qualquer efeito sobre a dor, função, mudança geral dos sintomas, sono ou qualidade de vida do paciente com lombalgia. As dores lombares são a principal causa de invalidez no mundo, e o paracetamol é prescrito "universalmente" como tratamento de primeira linha, segundo "The Lancet".

O estudo, batizado de "PACE", avaliou 1.652 indivíduos de 235 centros de cuidados primários de Sydney (Austrália), durante três meses. Um primeiro grupo recebeu doses regulares de paracetamol (3 vezes ao dia por até 4 semanas), um segundo, doses em caso de necessidade (até 4g/dia), e um terceiro foi submetido a placebo.

Ao final de sete dias seguidos sem dores ou quase sem dor, o paciente era considerado restabelecido. O prazo médio de recuperação foi de 17 dias para os dois primeiros grupos e de 16 dias para o grupo que tomava placebo.

O artigo original (em inglês):

http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(14)60805-9/fulltext