quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mesmo após câncer, 40% dos fumantes continuam a usar o cigarro

Um estudo mostrou que 40% fumantes que descobriram ter câncer nos pulmões e no colo do reto continuam a fumar. A pesquisa foi divulgada no site da revista médica "Cancer", da Sociedade Americana de Câncer.

O trabalho foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores o Hospital Geral de Massachusetts e a Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, em Boston.

Os pesquisadores mediram o quanto fumavam 5.338 durante a época em que receberam o diagnóstico de câncer e cinco meses depois da notícia. No começo, 39% dos pacientes com câncer de pulmão e 14% com tumores no colo do reto faziam uso do cigarro.

Mesmo depois de tomarem conhecimento da doença, 14% dos participantes da pesquisa com câncer de pulmão prosseguiram fumando. Entre as pessoas com tumor no colo do reto, o hábito permaneceu para 9%. Os dados mostram que, após o diagnóstico, os portadores de câncer de pulmão estão mais dispostos a largar o vicio na comparação com os de colo do reto.

O uso prolongado do cigarro após o diagnóstico de câncer pode diminuir a resposta ao tratamento e elevar o risco de morte dos pacientes. Para o grupo, a importância da pesquisa está na possiblidade de identificação de perfis de pacientes com câncer mais ou menos propensos a largar o vício.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/mesmo-apos-cancer-40-dos-fumantes-continua-usar-o-cigarro.html

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

11ª Caminhada Agita Mundo - Juntos para uma vida ativa e feliz - Dia 01 de abril


Após 15 anos de implantação do Programa Agita São Paulo pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com a assessoria técnico-científica do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS, o programa foi adotado como estratégia nacional de promoção da saúde por meio da prática regular de atividade física. À sua luz surgiu o Programa Agita Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde, ultrapassando também as fronteiras nacionais com o Agita América.

Considerado programa modelo de promoção da saúde pela Organização Mundial da Saúde – OMS foi decidido durante a 54a Assembléia Mundial da Saúde em 2002, que o Dia Mundial da Saúde teria como tema a promoção da atividade física. Desta forma nascia o Agita Mundo, inspirado no Agita São Paulo que pelo seu impacto internacional, foi mantido pela OMS como um evento permanente.

A partir de então, o dia 6 de abril passou a ser o Dia Mundial da Atividade Física. O evento da celebração de Agita Mundo em 2011 logrou organizar mais de 2500 eventos em diversos países do mundo. Em São Paulo, o Programa Agita São Paulo por meio de seus mais de 400 parceiros institucionais, reuniu mais de 15.000 pessoas na caminhada do MASP na Av. Paulista à Assembléia Legislativa no Ibirapuera.

Na última década, o sedentarismo tem sido enfrentado como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como enfermidades cardiovasculares, hipertensão, diabetes e obesidade. É reconhecido como um dos principais inimigos da saúde pública no mundo, não só pela sua alta prevalência como pela altíssima mortalidade, confirmada por recente publicação da Organização Mundial da Saúde que aponta como a quarta causa de morte dentre as 19 principais, estando à frente inclusive de obesidade e hipercolesterolemia sendo responsável no mundo por três milhões de mortes.

Participantes
Considerando os eventos anteriores, o público estimado para o evento na cidade de São Paulo varia de 15.000 - 20.000 pessoas incluindo grupos mobilizados em ônibus e transportes coletivos de todos os cantos da cidade de São Paulo e Região Metropolitana:

Escolares da rede Pública de Educação
Unidades do Programa Saúde da Família
Academias
Colaboradores de empresas, clubes, associações, hospitais, sociedades médicas e civis, entidades governamentais
Cadeirantes e portadores de necessidades especiais

Música ajuda a aliviar as dores, confirma pesquisa


Alguns estudos já indicaram que distrações causam alívio momentâneo nas dores que um indivíduo possa estar sentindo. A conclusão de uma pesquisa recente comprova que a música é uma dessas distrações, e é efetiva em especial para pessoas altamente ansiosas e que sofrem com dores.

O estudo, que foi publicado no periódico The Journal of Pain, foi feiro por pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA, e avaliou a hipótese inicial dos benefícios da música para dispersar a  atenção durante testes com estímulos dolorosos.

Os experimentos foram feitos com mais de 140 indivíduos. Durante os testes eles foram instruídos a ouvir uma série de músicas, se concentrar nas melodias e identificar variações tonais. Paralelamente, eles recebiam pequenos choques elétricos na ponta dos dedos.

A pesquisa confirmou que a sensibilidade e o incômodo com a dor diminuíam enquanto eles ouviam as músicas e se concentravam nas tarefas propostas pelos pesquisadores. Ao que parece, a música ativa certos caminhos sensoriais no cérebro, estimulando respostas emocionais e ativando a atenção cognitiva nesse processo.

A música, portanto, é comprovadamente um método para auxiliar a transformar uma tarefa intelectual em um método efetivo de desviar a atenção de uma dor.

E o mais surpreendente foi que as pessoas com as melhores respostas nesses testes foram aquelas avaliadas pelos pesquisadores como bastante ansiosas. Essas pessoas se mostraram concentradas na música de tal forma que mal podiam indicar se haviam sentido algum tipo de dor durante o processo.

De acordo com os autores, isto pode indicar que outros métodos para aliviar a ansiedade também podem contribuir para diminuir as dores. Os resultados também indicam que os métodos para aliviar sintomas dolorosos deveriam levar em conta as características de personalidade de cada pessoa e isso deve ser o tema de próximas pesquisas.





quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estudo mostra que o exercício "recicla" as células

Cientistas descobriram mais uma forma como a atividade física pode fazer bem à saúde. Uma pesquisa publicada online pela revista científica “Nature” nesta quarta-feira, dia 18, mostra que os exercícios induzem a "autofagia".
Na autofagia, a célula elimina organelas velhas e se alimenta desse material que ela mesmo expeliu. Em outras palavras, é um processo de “reciclagem” das células, que permite que elas se adaptem às mudanças nas demandas energéticas e nutricionais do corpo.
Essa "reciclagem" previne contra o desenvolvimento da resistência à insulina, que tem como principal consequência a diabetes tipo 2. Em outros estudos, já se mostrou também que o processo retarda o envelhecimento e protege contra alguns tipos de câncer.
O estudo que achou a relação entre exercícios físicos e esse processo foi feito com camundongos. Primeiro, os pesquisadores descobriram que isso acontece um tipo de camundongos selvagens. Depois, desenvolveram uma mutação genética em um grupo de animais para comparar o que acontecia com os dois grupos, e chegaram a essa conclusão.
“Mais importante, é a primeira vez que é revelado o papel da autofagia na capacidade de resistência nos exercícios e os efeitos benéficos mediados à saúde pelo exercício”, completou a pesquisadora.“Antes desse estudo, pensava-se que a fome era o principal indutor de autofagia in vivo [em animais vivos], e agora descobrimos que uma pequena sessão de exercícios pode induzir autofagia de maneira semelhante em camundongos bem alimentados”, disse ao G1Congcong He, da Universidade do Texas Southwestern, autora da pesquisa.
Inicialmente, o estudo encontrou a "reciclagem" induzida pelos exercícios em células musculares, localizadas no coração e perto dos ossos. No entanto, os cientistas que conduziram o estudo também já descobriram o processo no fígado, no pâncreas e em células adiposas.
“É possível que a autofagia tenha um papel essencial nos efeitos benéficos da autofagia também nesses órgãos, o que é um de nossos próximos passos, utilizando modelos de camundongos com deficiência de autofagia em tecidos específicos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Programa Bem Estar do dia 16/01/12 - Saúde genital, corrimento


Nem sempre corrimento na região genital da mulher é sinal de problema. Desde que a secreção não venha acompanhada de coceira, cheiro ou dor na vagina, pode ser decorrente da ovulação durante o ciclo menstrual. Mas, se houver outros sintomas associados, é preciso procurar um médico.
No caso dos homens, corrimento é sempre sinal de doença sexualmente transmissível (DST) ou de algo mais sério, como câncer de próstata. Por isso, é importante usar camisinha em todas as relações sexuais, pois muitas vezes o homem tem DST, mas não apresenta nenhuma manifestação física.
Corrimento  (Foto: Arte/G1)
Segundo o ginecologista José Bento e o infectologista Caio Rosenthal, o corrimento é um desequilíbrio do corpo e pode ter duas causas: baixa imunidade ou agressão à região genital. A primeira ocorre quando há diminuição na resistência da pessoa, por dormir ou comer mal, tomar muito sol, não praticar esportes ou abusar de antibióticos.
Já o fator externo é desencadeado por aumento da temperatura (absorvente diário, calça jeans justa ou calcinhas e cuecas de tecido sintético), relação sexual sem lubrificação ou uso de absorvente interno por muitas horas (o sangue ajuda a proliferar bactérias). O excesso de higiene também pode alterar a flora vaginal e tirar a camada protetora da vulva.
Na maioria das vezes, os corrimentos são de fácil tratamento. Quanto mais cedo o paciente for ao médico, mais rápida é a melhora. Se não tratada, a infecção pode até provocar infertilidade na mulher, pois é capaz de destruir as trompas.Os médicos deram dicas para prevenir os corrimentos genitais, como evitar roupas apertadas, biquínis ou sungas molhados, trocar o absorvente a cada três horas e não dormir com absorvente interno.
De acordo José Bento, em algumas fases da vida pode haver mais corrimentos, como o período que antecede a menstruação em pré-adolescentes ou a menopausa, quando a ovulação acaba. Maus hábitos, como não se limpar direito após evacuar, também favorecem o problema.
Além disso, com o verão aumentam as chances de corrimento, porque o calor propicia a proliferação de bactérias e fungos, que gostam de ambientes abafados, quentes e úmidos, como a vagina.
O ginecologista disse, ainda, que a secreção pode ser uma defesa do organismo para combater bactérias e outros micro-organismos, e o cheiro ruim pode ser maior quando a vagina entra em contato com substâncias alcalinas, como o esperma e o sangue da menstruação.
Principais causas de corrimento na mulher
- Candidíase (fungo) – provoca um corrimento esbranquiçado. Traz muita coceira e é frequente no verão
- Trichomonas (protozoário) – causa corrimento amarelado, com ardor e vermelhidão na mucosa vaginal
- Gardnerella (bactéria) – dá corrimento acinzentado, com odor desagradável
Circuncisão
A circuncisão deve ser feita em homens com fimose (que não conseguem expor a glande por causa dessa pele), para evitar infecções genitais ou por motivos religiosos.
A cirurgia retira o prepúcio, pele que recobre a glande. Pode ser aplicada anestesia local ou raquidiana (nas costas, como quando a mulher vai dar à luz).

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Exercícios físicos liberam hormônio que ajuda a queimar gordura


Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram descoberta que pode dar origem a novos tratamentos contra obesidade

Praticante de corrida (Foto: Iwan Beijes/Stock.xchng)
A descoberta de um novo hormônio pode trazer esperanças para pessoas com problemas de excesso de peso e diabetes. A substância tem a capacidade de aumentar o gasto energético e queimar mais gordura corporal durante a prática de exercícios físicos. O novo hormônio recebeu o nome de irisina, em referência à deusa grega Íris, a mensageira de Zeus, o rei dos deuses (os cientistas estão apostando mesmo no potencial do novo hormônio).
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, liderados pelo cientista Bruce Spielgelman. O artigo, publicado na edição desta semana da revista científica Nature, detectou a presença de irisina no sangue de ratos e homens adultos submetidos a um período de exercícios físicos. Segundo os pesquisadores, a prática de exercícios libera uma série de proteínas. No organismo, uma dessas proteínas é transformada e resulta no novo hormônio. Ele seria o responsável por aumentar o consumo de energia corporal.

Os resultados demonstram que a irisina é um possível aliado no combate à obesidade e ao diabetes. Ainda não se sabe se um tratamento com o novo hormônio em longo prazo ou em maiores doses levaria à grande perda de peso. Os pesquisadores estimam que, no futuro, pode surgir um remédio a base da irisina. Por enquanto, ainda vale a boa e velha recomendação: pratique exercícios físicos.
Além de benefícios na queima de gordura, a irisina também se mostrou eficaz no controle do nível de glicose (um tipo de açúcar) no sangue. Após receberem uma injeção do novo hormônio, ratos de laboratório obesos e resistentes à produção de insulina, a substância que controla o nível de açúcar no sangue, apresentaram melhoras significativas na tolerância à glicose, e uma pequena perda de peso.
 Fonte: www.revistaepoca.globo.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pombos - Ratos com asas

Decidi escrever esse post pois estou de mudança para uma casa nova e eis que descubro que alguns pombos, esses bichos asquerosos estão querendo se infiltrar no telhado para fazer ninho ou sei lá o que... e com isso, sujando tudo que foi pintado e reformado e me deixando muito estressada com aquele barulho irritante...

Desde que me conheço por gente, e olha que já faz bastante tempo, não tenho nenhuma simpatia por esses ratos de asas, que muitas pessoas gostam de defender e dizer que são símbolo da paz. É um absurdo que as pessoas alimentem esses bichos mesmo sabendo que são transmissores de várias doenças graves.

Fui então procurar como acabar com esses bichos e qual não foi minha surpresa ao descobrir que esses "bichinhos" não podem ser exterminados pois são protegidos pelo IBAMA. Segundo a Lei 9605 de 12/02/98 (artigo 29- parágrafo 30), do IBAMA, os pombos são considerados domésticos,, levando assim qualquer ação de controle que provoque a morte, danos físicos, maus tratos e apreensão, passível de pena reclusiva inafiançável de até 5 anos.

Então eis meu post para mostrar todos os "benefícios"de se ter esses vizinhos ou hóspedes em sua casa, rua, bairro...


Cada vez mais comuns em praças, janelas de edifícios e monumentos públicos, os pombos são portadores de fungos e parasitas que podem provocar diversas doenças tais como toxoplasmose, histoplasmose (doença infecciosa respiratória), criptococose (micose que atinge o sistema nervoso), psitacose, salmonelose, entre outras, melhor descritas abaixo. Além do barulho desagradável, suas fezes danificam as estruturas dos edifícios e monumentos, afrouxam telhas, entopem redes pluviais e trazem muita sujeira.

Um projeto de indicação do deputado Antônio Granja causou polêmica na Assembleia Legislativa do Ceará. Ele propõe um programa de controle dos pombos e alega que as aves são um problema, pois transmitem até 60 (SESSENTA) doenças. O projeto apresentado sugere a criação de um órgão na Secretaria da Saúde do Estado, que possa fazer o controle das aves.

O deputado que é médico, afirma que a questão dos pombos é um problema de saúde pública. O pombo comum, cujo nome cientifico é Columba livia domestica, é uma ave exótica de origem européia, que foi introduzida no Brasil no século XVI. É uma ave urbana e vive nos grandes centros das cidades em consequência da fácil oferta de abrigos e alimentos. De acordo com o veterinário Paulo Sérgio Ferreira Barbosa, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, só existem duas formas viáveis para o controle dos pombos: o sacrifício e a captura.

Na Itália, o problema da superpopulação de pombos foi resolvido quando técnicos da Vigilância Sanitária colocaram junto da ração, que era dada aos animais, um tipo de anticoncepcional. Com isso, pombos não puderam se reproduzir, estabilizando assim, o número de aves. Os pombos colocam de um a dois ovos por ninhada e podem ter de cinco a seis ninhadas por ano, com um tempo de incubação dos ovos de 17 a 19 dias. Para o biólogo e professor da Universidade Estadual do Ceará, Luís Gonzaga Sales Júnior, o que tem de ser feito é colocar predadores naturais como corujas, gaviões e falcões para capturar os pombos para que a intervenção humana seja menor.


Criptococose - micose profunda causada por uma bactéria chamada Criptococos neoforma, que atinge o sistema nervoso central. Sintomas: febre, tosse, dor torácica e podendo ocorrer também: dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, agitação, confusão mental e acuidade visual diminuída. Modo de transmissão: através da inalação de poeira contendo fezes de pombos, contaminadas pelo agente etiológico.

Histoplasmose - micose profunda causada pelo Histoplasma capsulatum, que atinge o sistema respiratório. Sintomas: infecção assintomática, febre, dor torácica, tosse, mal estar, debilidade e  anemia. Modo de transmissão: através da inalação de poeira, contendo fezes de pombos, contaminadas pelo agente etiológico. Essa doença é chamada de doença oportunista, pois o indivíduo pode desenvolvê-la ou não dependendo do seu estado de saúde.

Ornitose - doença infeciosa aguda, cujo agente etiológico, chamado de Chlamydia psittasi, atinge o sistema respiratório superior e inferior. Sintomas: febre, cefaléia, mialgia (dor muscular), calafrios e tosse. Modo de transmissão: pela inalação da poeira, contendo fezes de pombos contaminadas pelo agente etiológico.

Salmonelose - doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico Salmonela typhimurium atinge o sistema digestivo. Sintomas: febre, diarréia, vômitos e dor. Modo de transmissão: pela ingestão de alimentos contaminados com fezes de pombos, contendo o agente etiológico.

Dermatite - inflamação da pele provocada pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele. Eles são provenientes das aves ou de seus ninhos.


EVITE DOENÇAS

Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes, restos de ninhos, ovos e penas, usar sempre luvas e utilizar sempre uma máscara ou pano úmido sobre o nariz e a boca. NUNCA remover a sujeira a seco. Deve-se sempre umedecê-la antes, para evitar a inalação da poeira.

CONTROLE

Uma forma de controle pode ser a orientação da população, alertando para que evite alimentar os pombos, pois tal hábito acarreta aumento exagerado do número de aves, com maior risco de transmissão de doenças e danos ambientais. Recomenda-se evitar deixar restos de alimentos à disposição das aves, bem como manter o lixo acondicionado em sacos plásticos bem fechados.
Mantenha limpos e desinfetados os possíveis lugares onde os pombos possam fazer ninhos ou pousar. Se os pombos estiverem pousando em parapeitos de janelas ou outros locais de fácil acesso, pode-se pulverizar periodicamente (a cada três dias) formalina a 10% (formol com água - 90mL de água e 10mL de formol) por meio de um pulverizador manual.
Os pombos não suportam o cheiro de naftalina, desta forma, pode-se dispor algumas bolinhas deste produto nos locais onde as aves pousam.
Telar varandas e terraços também é uma boa estratégia. Espaços que permitam a entrada dos pombos para dentro do forro do telhado também devem ser cuidadosamente fechados.
Prender fios de nylon
Usar repelentes sonoros - criados especialmente para produzir barulhos estridentes, não audíveis pelos humanos, que espantam os pombos.
Pode-se também usar cerca elétrica de baixa voltagem (12 volts) que provocará pequenas descargas e não permitirá que as aves se apóiem.
Aplique gel de contato tipo silicone nos lugares onde os pombos se reúnem. A consistência destes produtos será desconfortável e eles não pousarão. Existem alguns géis repelentes específicos no mercado.

Boa sorte!


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Portadora de paralisia cerebral vira advogada em São Paulo


Foto: Arquivo pessoal

Flávia Silva em sua colação de grau (Foto: Arquivo pessoal)

Em uma cadeira de rodas, com limitações de coordenação motora e dificuldades para falar, a bacharel em direito Flávia Cristiane Fuga e Silva, de 26 anos, recebeu sua carteira de advogada na última quinta-feira , dia 29 e se tornou a primeira defensora com paralisia cerebral do estado de São Paulo.

Ela foi aprovada no exame 133 da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – SP) e com o registro na ordem pode atuar como defensora em qualquer lugar do país. Flávia mora em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo. Como o resultado do exame já foi divulgado, ela já possui o registro na OAB-SP, de número 269.203.

Mesmo com as dificuldades que enfrenta, ela foi aprovada num exame no qual 84,1% dos 17.871 inscritos não atingiram a pontuação necessária para passar. Como digita num teclado virtual e só usa a mão esquerda, a bacharel teve oito horas para fazer a segunda fase do exame, segundo a OAB, ao contrário dos colegas que possuem apenas cinco. Muitas amigas da mesma classe dela ainda não conseguiram passar na prova.

Flávia escolheu fazer o curso de direito por influência do pai, Eliezer Gomes da Silva, que é advogado e também porque queria defender seus direitos como portadora de deficiência. “Queria brigar pelo direito das pessoas portadoras de necessidades especiais que são tolhidas pela sociedade”, disse ela, por intermédio de seu pai, que ajudou na entrevista ao G1, por telefone.

A advogada afirmou também que ficou feliz ao saber que havia passado no exame, mas já esperava o resultado por ter estudado bastante. Ela cursou faculdade na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) entre 2001 e 2005 e conseguiu concluir o curso no tempo normal.

Faculdade
Como não tinha condições de anotar o que o professor dizia nas aulas, Flávia prestava atenção. Depois tirava cópia do que as colegas anotavam e estudava em casa. “Ela sempre tirou nota boa, sempre acima de sete, sabíamos que ela conseguiria passar na OAB”, disse Silva.

Indisponivel

Flávia na formatura com sua mãe, sua irmã, seu pai e um professor da faculdade (Arquivo pessoal)

Na hora da prova, segundo seu pai, os professores faziam um exame de múltipla escolha para ela poder responder mais facilmente, já que só era necessário apontar a resposta correta. Como não tem coordenação motora para usar a caneta, Flávia contava com a ajuda de alguém da família que ia até a faculdade nos dias de prova.

Flávia já trabalha junto com o pai, no escritório dele, fazendo peças jurídicas em casos de direito de família. Ela gosta mais da área de direito penal, mas desistiu segundo conta Silva, pois seria inviável trabalhar na área devido a necessidade de locomoção constante, para ir a delegacias e presídios e também porque exige que o advogado fale mais, inclusive diante de um júri.

A advogada é totalmente dependente para se locomover, comer, tomar banho, entre outras coisas. A família conta que sempre lutou pelos direitos da filha e, junto com outros pais de São José dos Campos, conseguiu que a rede pública criasse uma escola para os portadores de deficiência. Uma vez a cada seis meses, a advogada vai ao Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, para fazer tratamento.

A moça começou a estudar com sete anos de idade e nas primeiras quatro séries sentiu dificuldades e teve de fazer o período de quatro anos em sete. Depois, pegou o ritmo e conseguiu concluir o ensino médio com 21 anos.

Aceitação
Apesar das dificuldades, ela procura manter uma vida social ativa saindo com as colegas para o cinema, teatro e shopping. Quando o programa envolve restaurante, a mãe vai junto para ajudar a filha.

“No início ela tinha dificuldade de se aceitar, mas quando foi conhecendo pessoas como ela, teve força de vontade e conseguiu suplantar os problemas”, conta o pai. “Hoje em dia ela é uma moça muito contente, alegre e está sempre rindo. Tem várias amigas e até as ajuda com trabalhos jurídicos”, acrescenta.

Além do direito, Flávia também dedica seu tempo a um curso de pintura e até já expôs seus quadros no Fórum Trabalhista de São José dos Campos, em fevereiro deste ano.


Perguntada se estava contente, Flávia se agitava, sorria e deixava que os olhos falassem sobre o momento. Sua mãe, a assistente social Maria do Carmo Fuga e Silva, traduziu o sentimento que compartilhava com a filha: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, disse orgulhosa.

Foto: Simone Harnik/G1

A família posa para fotos após a entrega da carteira (Foto: Simone Harnik/G1)


Rede de Reabilitação Lucy Montoro inaugura unidade na Vila Mariana



O governo do Estado de São Paulo entregou no final de dezembro um moderno hospital e centro de reabilitação para pessoas com deficiência e doenças incapacitantes. Composto por dois prédios, o novo serviço contará com atendimento ambulatorial e 24 leitos de internação, além de laboratórios de habilidades e oficinas terapêuticas, como jardinagem, artes plásticas, têxteis, dança e teatro.

Com investimento de R$ 44 milhões, o IRLM na Vila Mariana irá oferecer, gratuitamente, reabilitação integral aos pacientes por meio de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos fisiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros profissionais especializados.

Construída em uma área de 10.372 metros quadrados, a nova unidade terá sua capacidade triplicada, de 60 mil para 180 mil atendimentos anuais. Serão beneficiados pacientes que apresentem encaminhamento médico da rede pública ou privada de saúde. Referência em atendimento, ensino e pesquisa, a unidade fará distribuição gratuita de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, contando também com 24 leitos para internação.

"As novas instalações foram concebidas para serem totalmente acessíveis aos pacientes. Gradativamente iremos colocar em funcionamento todos as áreas localizadas na unidade, ampliando o atendimento oferecido hoje e beneficiando cada vez mais a população", diz Linamara Rizzo Battistella, Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro - Vila Mariana também deverá participar intensamente dos programas de residência médica, aprimoramento, estágios e atividades relacionadas ao desenvolvimento de pesquisas científicas. Além disso, viabilizará cursos para cuidadores abertos à comunidade e realizará palestras para orientação de pacientes, cuidadores e familiares.

"O SUS paulista avança no oferecimento de serviços especializados a pessoas com deficiência, fundamental para a melhoria da qualidade de vida e inclusão social desses pacientes", afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.