quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo mostra que ruídos no trânsito aumentam o risco de derrame cerebral

O estresse é apenas um dos efeitos do trânsito caótico das metrópoles brasileiras. O barulho das buzinas, carros e motos pode aumentar o risco de um derrame cerebral ou AVE (Acidente Vascular Encefálico), segundo estudo realizado pela revista científica European Heart Journal.

Os ruídos do tráfego geram estresse e distúrbios do sono, o que aumenta a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e o nível de hormônios de estresse. A cada 10 decibéis a mais de barulho, as chances de um derrame cerebral aumentam 14%. Em pessoas com mais de 65 anos, o risco sobe para 27%. Se o som ultrapassar o total de 60 decibéis, as chances de sofrer um AVE são ainda maiores.

Para realizar a pesquisa, os cientistas avaliaram os tipos de veículos de 50 mil voluntários, a velocidade que eles circulam, as vias que utilizam e o local onde moram. Em seguida, 35% dos participantes foram expostos a ruídos com mais de 60 decibéis – o índice mais alto foi de 82 decibéis.

Mette Sorensena, médica responsável pelo estudo, concluiu que a causa do derrame é a relação entre o barulho e o estresse elevado durante o trânsito.

A Sociedade Dinamarquesa do Câncer também comprovou os pontos negativos do tráfego. Das 51.485 pessoas avaliadas pelos pesquisadores do país durante um período médio de dez anos, 1.881 sofreram um derrame cerebral, o correspondente a 4% dos voluntários.

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