quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pombos - Ratos com asas

Decidi escrever esse post pois estou de mudança para uma casa nova e eis que descubro que alguns pombos, esses bichos asquerosos estão querendo se infiltrar no telhado para fazer ninho ou sei lá o que... e com isso, sujando tudo que foi pintado e reformado e me deixando muito estressada com aquele barulho irritante...

Desde que me conheço por gente, e olha que já faz bastante tempo, não tenho nenhuma simpatia por esses ratos de asas, que muitas pessoas gostam de defender e dizer que são símbolo da paz. É um absurdo que as pessoas alimentem esses bichos mesmo sabendo que são transmissores de várias doenças graves.

Fui então procurar como acabar com esses bichos e qual não foi minha surpresa ao descobrir que esses "bichinhos" não podem ser exterminados pois são protegidos pelo IBAMA. Segundo a Lei 9605 de 12/02/98 (artigo 29- parágrafo 30), do IBAMA, os pombos são considerados domésticos,, levando assim qualquer ação de controle que provoque a morte, danos físicos, maus tratos e apreensão, passível de pena reclusiva inafiançável de até 5 anos.

Então eis meu post para mostrar todos os "benefícios"de se ter esses vizinhos ou hóspedes em sua casa, rua, bairro...


Cada vez mais comuns em praças, janelas de edifícios e monumentos públicos, os pombos são portadores de fungos e parasitas que podem provocar diversas doenças tais como toxoplasmose, histoplasmose (doença infecciosa respiratória), criptococose (micose que atinge o sistema nervoso), psitacose, salmonelose, entre outras, melhor descritas abaixo. Além do barulho desagradável, suas fezes danificam as estruturas dos edifícios e monumentos, afrouxam telhas, entopem redes pluviais e trazem muita sujeira.

Um projeto de indicação do deputado Antônio Granja causou polêmica na Assembleia Legislativa do Ceará. Ele propõe um programa de controle dos pombos e alega que as aves são um problema, pois transmitem até 60 (SESSENTA) doenças. O projeto apresentado sugere a criação de um órgão na Secretaria da Saúde do Estado, que possa fazer o controle das aves.

O deputado que é médico, afirma que a questão dos pombos é um problema de saúde pública. O pombo comum, cujo nome cientifico é Columba livia domestica, é uma ave exótica de origem européia, que foi introduzida no Brasil no século XVI. É uma ave urbana e vive nos grandes centros das cidades em consequência da fácil oferta de abrigos e alimentos. De acordo com o veterinário Paulo Sérgio Ferreira Barbosa, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, só existem duas formas viáveis para o controle dos pombos: o sacrifício e a captura.

Na Itália, o problema da superpopulação de pombos foi resolvido quando técnicos da Vigilância Sanitária colocaram junto da ração, que era dada aos animais, um tipo de anticoncepcional. Com isso, pombos não puderam se reproduzir, estabilizando assim, o número de aves. Os pombos colocam de um a dois ovos por ninhada e podem ter de cinco a seis ninhadas por ano, com um tempo de incubação dos ovos de 17 a 19 dias. Para o biólogo e professor da Universidade Estadual do Ceará, Luís Gonzaga Sales Júnior, o que tem de ser feito é colocar predadores naturais como corujas, gaviões e falcões para capturar os pombos para que a intervenção humana seja menor.


Criptococose - micose profunda causada por uma bactéria chamada Criptococos neoforma, que atinge o sistema nervoso central. Sintomas: febre, tosse, dor torácica e podendo ocorrer também: dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, agitação, confusão mental e acuidade visual diminuída. Modo de transmissão: através da inalação de poeira contendo fezes de pombos, contaminadas pelo agente etiológico.

Histoplasmose - micose profunda causada pelo Histoplasma capsulatum, que atinge o sistema respiratório. Sintomas: infecção assintomática, febre, dor torácica, tosse, mal estar, debilidade e  anemia. Modo de transmissão: através da inalação de poeira, contendo fezes de pombos, contaminadas pelo agente etiológico. Essa doença é chamada de doença oportunista, pois o indivíduo pode desenvolvê-la ou não dependendo do seu estado de saúde.

Ornitose - doença infeciosa aguda, cujo agente etiológico, chamado de Chlamydia psittasi, atinge o sistema respiratório superior e inferior. Sintomas: febre, cefaléia, mialgia (dor muscular), calafrios e tosse. Modo de transmissão: pela inalação da poeira, contendo fezes de pombos contaminadas pelo agente etiológico.

Salmonelose - doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico Salmonela typhimurium atinge o sistema digestivo. Sintomas: febre, diarréia, vômitos e dor. Modo de transmissão: pela ingestão de alimentos contaminados com fezes de pombos, contendo o agente etiológico.

Dermatite - inflamação da pele provocada pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele. Eles são provenientes das aves ou de seus ninhos.


EVITE DOENÇAS

Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes, restos de ninhos, ovos e penas, usar sempre luvas e utilizar sempre uma máscara ou pano úmido sobre o nariz e a boca. NUNCA remover a sujeira a seco. Deve-se sempre umedecê-la antes, para evitar a inalação da poeira.

CONTROLE

Uma forma de controle pode ser a orientação da população, alertando para que evite alimentar os pombos, pois tal hábito acarreta aumento exagerado do número de aves, com maior risco de transmissão de doenças e danos ambientais. Recomenda-se evitar deixar restos de alimentos à disposição das aves, bem como manter o lixo acondicionado em sacos plásticos bem fechados.
Mantenha limpos e desinfetados os possíveis lugares onde os pombos possam fazer ninhos ou pousar. Se os pombos estiverem pousando em parapeitos de janelas ou outros locais de fácil acesso, pode-se pulverizar periodicamente (a cada três dias) formalina a 10% (formol com água - 90mL de água e 10mL de formol) por meio de um pulverizador manual.
Os pombos não suportam o cheiro de naftalina, desta forma, pode-se dispor algumas bolinhas deste produto nos locais onde as aves pousam.
Telar varandas e terraços também é uma boa estratégia. Espaços que permitam a entrada dos pombos para dentro do forro do telhado também devem ser cuidadosamente fechados.
Prender fios de nylon
Usar repelentes sonoros - criados especialmente para produzir barulhos estridentes, não audíveis pelos humanos, que espantam os pombos.
Pode-se também usar cerca elétrica de baixa voltagem (12 volts) que provocará pequenas descargas e não permitirá que as aves se apóiem.
Aplique gel de contato tipo silicone nos lugares onde os pombos se reúnem. A consistência destes produtos será desconfortável e eles não pousarão. Existem alguns géis repelentes específicos no mercado.

Boa sorte!


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