terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Campanha Viva sem Dor 2011 - Dor: Prevenir, Tratar, Preservar

A importância da dor no cotidiano das pessoas

A dor afeta a maioria das pessoas ao longo de suas vidas. De extrema importância é, antes de tudo, um alerta de que algo no organismo não está em bom funcionamento.
Por este motivo, apesar de debilitante, tem a função de proteção, indicando ao indivíduo a necessidade de procurar assistência médica. Embora não existam estatísticas no Brasil, segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP - EUA), centenas de milhares de cirurgias são realizadas em todo o mundo anualmente com cerca de 80% dos pacientes relatando dor pós operatória. Mais de 70% dos serviços de emergência são procurados em virtude da dor.
Somado a isso, estudos mostram que menos da metade dos pacientes recebem o devido alívio no pós operatório e os pacientes que procuram serviços de emergência com dor costumam ser liberados em condição insatisfatória.
Desta forma, apesar dos substanciais avanços nas pesquisas relacionadas à dor nas últimas décadas, o inadequado tratamento ainda predomina.
Tamanha é a importância da dor que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já instituiu a sua aferição dentro da análise dos cinco sinais vitais nos serviços de saúde, incluindo os de pronto atendimento.
De maneira geral, a dor é muito perturbadora, embora cada pessoa sinta-a em intensidade diferente, de acordo com fatores genéticos e culturais.
Quando aguda, tem tempo determinado de duração, sendo ocasionada por lesões como traumas ou processos inflamatórios.

Exemplos de dor aguda:
-Apendicite;
-Cólica;
-Infarto do miocárdio;
-Dor do parto;
-Queimaduras;
entre outros.

A dor aguda prejudica tratamentos e, caso não seja tratada adequadamente, pode evoluir para a forma crônica, alterando a cicatrização de tecidos e movimentos. A dor crônica se caracteriza por se estender por mais de três de meses, mesmo quando o motivo que a gerou já não existe mais, e requer acompanhamento por toda a vida.
A dor ainda pode comprometer a qualidade do sono, da respiração, limitar a mobilidade, baixar a autonomia do corpo e gerar incapacidade total ou parcial para o trabalho e relacionamentos pessoais.

O Tratamento da dor

A dor precisa ser tratada em sua especificidade, com medicações analgésicas específicas para o mecanismo fisiopatológico que a gerou, de acordo com sua gravidade.
Para o alívio em casos de dor moderada existem diversos tipos de fármacos como antiinflamatórios, anticonvulsivantes e alfa-adrenérgicos.
Para as dores mais intensas, o uso de opióides - como os derivados de morfina - apresenta melhor eficácia.
Aplicações de ondas de calor e frio, massagem, alongamentos, neuroestinulação elétrica, acupuntura e outras terapias interdisciplinares também apresentam bons resultados.
A automedicação é contraindicada, pois além de tornar alguns quadros de dor ainda mais intensos a longo prazo, podem gerar sérios riscos. Prevenir os motivos geradores da dor e tratá-la adequadamente quando instalada é a forma mais eficiente de preservar a saúde.

Folheto informativo distribuído na palestra de dor do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho no dia 22/02/2011.

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