sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dez milhões de brasileiros têm OA mostra pesquisa



Uma pesquisa realizada em conjunto com as Sociedades Brasileiras de Reumatologia, de Ortopedia e Traumatologia, de Medicina Física e Reabilitação e de Cirurgia do Joelho e publicada no livro Cenário Atual & Tendências da Osteoartrite no Brasil, aponta que dez milhões de brasileiros têm osteoartrite, doença conhecida popularmente como artrose, e fica logo atrás dos Estados Unidos, que tem o maior índice mundial.

Estima-se que apenas 40% dos diagnosticados com o problema estão em tratamento nos país, revela o coordenador da pesquisa, o médico Ibsen Bellini Coimbra, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Muitos pacientes ignoram o tratamento, revelam os responsáveis pelo estudo que ouviu 2.282 profissionais da área médica em no Brasil. E a expectativa é que em 2015 o número de pacientes chegue a 12,3 milhões.

A artrose é a doença caracterizada pela insuficiência da cartilagem de absorver o impacto que os joelhos recebem ao caminhar ou na prática de exercícios físicos, por exemplo. A artrose começa com uma fissura e ulceração na cartilagem, o que causa amolecimento e diminui o espaço articular, com evolução para um processo de esclerose no osso subcondral e de sinovite, além do aparecimento de cistos e osteófitos. A doença se manifesta mais cedo nos homens, principalmente nos joelhos, antes dos 60 anos e no quadril após essa idade. Nas mulheres, 5% mais acometidas que os homens, os índices aceleram após a menopausa.

Uma série de fatores podem provocar e/ou piorar a osteoartrite, como o fator genético, a presença de obesidade, diabetes, problemas no colesterol e traumas quando o indivíduo é jovem ou adulto.

Os dois principais sintomas da doença são: dores e dificuldade de movimentação das articulações. Muitas pessoas com a doença têm dificuldades, por exemplo, de levantar do sofá após algum tempo sentada.
Segundo os especialistas, o ideal seria ter o diagnóstico antes mesmo que as dores comecem a aparecer. Um exame de raios-x é suficiente para detectar alterações. A doença não tem cura, mas é possível controlar sintomas e evolução com medicação e fisioterapia e com isso melhorar e muito, a qualidade de vida dos pacientes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário