sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Índice de Risco para Doença de Alzheimer - Australian National University Alzheimer´s Disease Risk Index (ANU-ADRI)


O ANU-ADRI  (Australian National University Alzheimer´s Disease Risk Index) é uma ferramenta baseada em evidências, validado, que visa avaliar a exposição individual a fatores de risco conhecidos e associados a um risco aumentado de desenvolver a doença de Alzheimer no final da vida, ou seja, com idade superior a 60 anos. 

O ANU-ADRI se destina a fornecer uma avaliação individualizada sistemática e informar sobre a exposição a fatores de risco para Alzheimer. Ele pode ser útil para pessoas que desejam conhecer o seu perfil de risco e áreas em que podem reduzir o seu risco. Também pode ser útil para os médicos que gostariam de comparar o perfil de risco atual dos pacientes para uma discussão em próxima consulta médica. O ANU-ADRI também é usado em projetos de pesquisa que visam avaliar métodos de redução de risco de doença de Alzheimer.

O questionário está disponível no site abaixo, em inglês. É um pouco demorado (demora em torno de 15 minutos para responder) mas bem completo. 

Novo comercial da Budweiser - Puppy Love vídeo

Um comercial feito pela marca de cerveja Budweiser para o Super Bowl deste ano vem fazendo muito sucesso. Em apenas um dia o vídeo teve mais de 12 milhões de visualizações.
O comercial mostra a amizade entre um filhote de labrador e um cavalo. É lindo de ver!
Assista abaixo!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Alzheimer, a dor do esquecimento - reportagem/documentário revista Época

A rotina e os desafios de pacientes e cuidadores

Após perder a mulher, o engenheiro civil aposentado Adolpho Chvaicer se abandonou. A solidão e falta de vontade de viver abriram espaço para que os sintomas da doença de Alzheimer, responsável pela degeneração progressiva e morte dos neurônios, invadissem sua rotina sem bater. Seus três filhos, adultos e agora com suas próprias famílias e carreiras para se preocupar, tinham dificuldade em oferecer a atenção e cuidados de que o pai necessitava. Um de seus filhos, o carioca Eduardo Chvaicer, de 48 anos, que mora há quase 20 anos em São Paulo, acompanhava de longe as discussões entre os irmãos e o pai, no Rio de Janeiro, sobre como se adaptar à nova condição.

Eduardo, que trabalhava como executivo em uma indústria farmacêutica, viu na crise vivida em família uma oportunidade de abrir o próprio negócio. "Comecei a me perguntar quem cuidaria de mim se eu fosse diagnosticado com a doença", diz o empresário. Em 2010, ele abriu no Brasil a franquia da rede americana Right at Home, que oferece serviços de cuidadores para idosos com Alzheimer e outras doenças da terceira idade. "Percebi como cuidar de um idoso com Alzheimer é trabalhoso para os familiares e quanto a doença é capaz de afetar o dia a dia do lar."

O conflito vivido pela família de Chvaicer é comum. Existem hoje no mundo cerca de 36 milhões de portadores da doença. No Brasil, estima-se que haja cerca de 1,2 milhão. Os casos de Alzheimer devem ser ainda mais recorrentes no futuro. De acordo com estimativas da organização Alzheimer's Desease International, como consequência do maior envelhecimento da população, o número de idosos com demência saltará de 44 milhões, registrados em 2013, para 135 milhões, em 2050.

O Alzheimer é a demência mais frequente entre os idosos. A velocidade e intensidade da progressão da doença variam em cada caso. Como não há cura (ao menos, até o momento) para o Alzheimer, os portadores e seus familiares estão destinados a conviver diariamente com o esquecimento de lembranças recentes, a repetição de histórias antigas, a perda de funções cognitivas e a crescente dependência para atividades de rotina, como alimentação e higiene. Com o passar do tempo, em casos avançados, o tecido cerebral também entra em degeneração, destruindo outras funções do corpo comandadas pelo cérebro, como a locomoção e a deglutição. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Fernanda Gouveia Paulino, quanto antes se diagnosticar a doença e se iniciar o tratamento, maiores são as chances de se retardar o desenvolvimento dos sintomas. Mas eles não desaparecem.

O pai de Chvaicer continua morando sozinho no Rio de Janeiro, agora sob os cuidados constantes dos profissionais da empresa do filho. Ter um cuidador em casa, optar pela internação em uma clínica especializada ou cuidar do parente sem auxílio de um profissional são caminhos possíveis, que podem funcionar ou não. Não há certo ou errado. "Antes de escolher como cuidar do portador de Alzheimer, os familiares devem avaliar sua disponibilidade de tempo e de recursos financeiros”, diz a presidente da Abraz. "O importante é garantir que o portador se sinta bem acolhido, com acesso a todos os remédios e cuidados necessários ao longo do tratamento."

A dona de casa Maria Petrina, de 76 anos, cuida sozinha de seu marido, Geraldo, de 80, em sua casa no Jardim Egle, na Zona Leste de São Paulo, desde que ele foi diagnosticado com Alzheimer, há cinco anos. Em estágio avançado da doença, Geraldo fala pouco, anda com dificuldade, tem olhar distante e vazio. Mas ainda come e vai ao banheiro sozinho. Sem qualquer ajuda, dona Maria se divide entre os cuidados com o marido e as tarefas do lar. Enquanto nos recebia na poltrona de sua sala, o barulho da panela de pressão interrompia o silêncio das pausas que fazia entre uma pergunta e outra.

À primeira vista não se percebe que a artista plástica aposentada Acrácia Sanchez, de 77 anos, sofre de Alzheimer. Diagnosticada há sete anos, ela é falante, ativa e disposta. Apresenta apenas lapsos de memória. Enquanto o marido, Francisco, trabalha durante o dia, ela tem a companhia de Fabiana Aparecida da Silva, sua cuidadora, na casa onde vive em Jaçanã, na Zona Norte da capital paulista. "Com a convivência, criamos um laço de cumplicidade e parceria. Somos amigas", diz Fabiana. Entre risadas e olhares apaixonados, o casal mostra que é possível encarar a doença de forma leve. Diferentemente da maioria dos portadores do Alzheimer, Acrácia tem consciência de sua doença, mas se diz tranquila. "Não tenho medo. Com todos os cuidados que recebo, me sinto segura e confiante."

No quarto da casa de repouso onde vive no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, o aposentado Dawid Cukier coleciona troféus de tênis, porta-retratos e a réplica de um barco de madeira - lembranças de seus hobbies e familiares queridos. Quando foi diagnosticado com Alzheimer, há oito anos, vivia em casa sob cuidados dos familiares e de cuidadores não especializados. A alternativa, que no começo parecia a mais adequada, não funcionou. Com o tempo, Dawid passou a ter dificuldades para comer, andar e se socializar. A família ponderou e decidiu oferecer a Dawid cuidados profissionais 24 horas por dia. Na beira do lago da casa de repouso da Sociedade Beneficente Alemã, seu filho Celso fala sobre a melhora da qualidade de vida do pai desde então. Hoje, além de caminhar, Dawid dança valsa com as funcionárias do local.

As três famílias mostram como é possível conviver com o Alzheimer com força, paciência e alegria. No vídeo abaixo, os principais trechos de nossas conversas.

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2014/01/alzheimer-dor-do-besquecimentob.html


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Seja Bem Vindo 2014!!!

Mais um ano que se inicia, mais 365 dias para fazermos mais e melhor...
Ajudar mais, Reclamar menos! Que assim seja!!!
Feliz 2014!!



Maior estudo genético já feito associa artrite reumatoide ao DNA

Cientistas nos Estados Unidos descobriram 42 regiões do DNA humano que estão associadas ao desenvolvimento da artrite reumatoide, uma doença que provoca uma inflamação dolorosa das articulações e que frequentemente acomete idosos. (Só um parêntese aqui: a AR acomete preferencialmente indivíduos na meia idade, mas pode ocorrer em qualquer idade e com predominância para o sexo feminino).

A descoberta foi resultado do maior estudo genético já feito, envolvendo cerca de 30 mil pacientes e publicado na prestigiada publicação científica Nature.

Segundo os cientistas, a conclusão pode ajudar no desenvolvimento de novas drogas que poderiam, um dia, levar a uma cura para o mal, além de mostrar o caminho para pesquisas envolvendo outras doenças.

Alguns cientistas vinham argumentando que pesquisas como esta, em que se busca identificar áreas genéticas com variações associadas a doenças complexas - áreas conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único -, não têm utilidade, já que há pouca ou nenhuma evidência que indique que "silenciar" essas áreas irá aliviar os sintomas desses males.

Mas o professor Robert Plenge, da Escola de Medicina de Harvard (nordeste dos EUA) e líder do estudo, diz que sua pesquisa prova a validade da abordagem, porque sua conclusão é reforçada pelo fato de que, antes de sua pesquisa, já existia um remédio usado para tratar os sintomas da artrite reumatoide associados a um particular polimorfismo.

'Tremendo potencial'

Na pesquisa, a equipe de pesquisa comparou o DNA de pessoas com artrite com o de pessoas sem o mal, encontrando as 42 áreas "defeituosas", onde há polimorfismos.

Segundo Plenge, os efeitos de uma dessas áreas vinham sendo tratados por um remédio desenvolvido por tentativa e erro, em vez de ser criado tendo em mente a correção específica do problema genético.

É essa descoberta que poderia ser aproveitada em pesquisas de medicamentos para outros males.

"Ela oferece tremendo potencial. Essa abordagem poderia ser usada para identificar os alvos para drogas para doenças complexas, não apenas artrite reumatoide, mas diabete, mal de Alzheimer e doenças coronarianas", disse Plenge.

Câncer

A mesma pesquisa indicou que polimorfismos encontrados nos pacientes com artrite reumatoide são encontrados também em portadores de alguns tipos de câncer no sangue.

De acordo com a professora Jane Worthington, diretora do Centro de Genética de Manchester, essa observação sugere que drogas desenvolvidas para combater esses tipos de câncer poderiam ser eficientes para tratar a artrite reumatoide - e, por isso, deveriam ser analisados em testes clínicos.

"Já há terapias que foram criadas no campo da oncologia que poderiam abrir novas oportunidades para mudar os alvos de remédios", disse ela à BBC.

"Isso (a descoberta da pesquisa) poderia ser um caminho simples para ampliar as terapias que temos hoje em dia voltadas a pacientes com artrite reumatoide."

Fonte: BBC Brasil